Meio Ambiente

Amazônia em Chamas: Porto Velho tem ato em defesa do meio ambiente

Por Thaís Espinosa, colaboração para a Amazônia Real Porto Velho (RO) – Manifestantes reuniram-se neste domingo (25), por volta das 15h, na praça das Três Caixas D’água, em Porto Velho, capital de Rondônia, para protestar contra as queimadas na Amazônia. […]

Ativista protesta em Porto Velho contra as queimadas na Amazônia Real (Foto: Thaís Espinosa/Amazônia Real)

Por Amazônia Real Publicado em: 26/08/2019 às 00:56

Por Thaís Espinosa, colaboração para a Amazônia Real

Porto Velho (RO) – Manifestantes reuniram-se neste domingo (25), por volta das 15h, na praça das Três Caixas D’água, em Porto Velho, capital de Rondônia, para protestar contra as queimadas na Amazônia. O estado é um dos que mais registra incêndios florestais. Nos últimos oito meses foram 6.436 focos, um aumento de 185% em relação ao igual período de 2018, que foi de 2.262 pontos.

Os protestos a favor da Amazônia se espalharam pelo mundo na sexta-feira (23), após o governo do presidente Jair Bolsonaro tratar a fumaça em São Paulo, captada pelas imagens de satélites da Nasa, de “fake news” e a culpar as organizações não governamentais pelos incêndios florestais na Amazônia. Em Manaus e Belém a população também protestou. Leia aqui.

Na capital de Rondônia, participaram do ato denominado de “Luta Pela Amazônia” membros de movimentos sociais, indígenas, representantes da academia, artistas locais e a população em geral. Durante o protesto o microfone foi aberto. Nas falas, houve discursos de indignação com o governo do Bolsonaro. Os cartazes foram espalhados com as seguintes frases: “Floresta de pé, fascismo no chão”, “Salve a Floresta Amazônica”, “Amazônia Anticapitalista”.

A indígena Márcia Mura enfatizou que a população tem que seguir o exemplo dos povos indígenas, que resistem há 519 anos: “Essa luta é de todos nós, é pela nossa vida”.

Ativista protesta em favor da floresta em Porto Velho, em Rondônia
(Fotos: Thaís Espinosa/Amazônia Real)

O ato encerrou com uma ventania acompanhada de chuva rápida, trazendo um alívio momentâneo aos desconfortos causados pela fumaça que tomou conta da cidade nos últimos dias devido às queimadas e os incêndios florestais. O número de participantes presentes ao ato não foi divulgado.

Em resposta aos protestos no Brasil e em vários países, Bolsonaro determinou o emprego das Forças Armadas para atuar no combate das queimadas em “áreas de fronteira, terras indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal”.

O governo de Rondônia lançou na sexta-feira (23), a Operação Jequitibá de prevenção e combate aos focos de calor e incêndios no estado. As ações são integradas entre o Corpo de Bombeiros, Instituto Chico Mendes (ICMBio), Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

No estado, o Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais) do Ibama também combate os incêndios florestais com o apoio dos governos estadual federal. O Prevfogo é responsável pela política de prevenção e combate aos incêndios florestais em todo o território nacional, que recebe recursos do Fundo Amazônia, doado pela Noruega e Alemanha.

Com recursos na ordem de R$ 14,7 milhões, o Fundo Amazônia financia a estruturação física e operacional do Prevfogo nos nove estados do bioma Amazônia, além da educação ambiental para sensibilizar e capacitar atores locais com a finalidade de monitorar, prevenir e combater incêndios florestais e queimadas não autorizadas na região amazônica.

Queimada em Rondônia (Foto: Esio Mendes/SEDAM)

No dia 16 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro se queixou de que o “Brasil está sem dinheiro” e que seus ministros estão “apavorados” e fazendo “milagres” para “tentar sobreviver a este ano”, segundo a revista Veja. A fala de austeridade contrastou com outra dita por Bolsonaro cinco dias antes, desdenhando os repasses enviados pela Alemanha, da ordem de 150 milhões de reais, para o Fundo Amazônia. “Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso”, disse ele. Dias depois, a Noruega também anunciaria a suspensão de 130 milhões de reais. (Colaborou Kátia Brasil)

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Reportagem Noticiosa

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