Meio Ambiente

Peru declara emergência ambiental na reserva Pacaya Samira

Lima (EFEverde) – Uma área da Reserva Nacional Pacaya Samiria na Amazônia do Peru, foi declarada uma emergência ambiental por 90 dias, juntamente com outras comunidades indígenas, devido à poluição da água e do solo por vazamentos de petróleo. A […]

A reserva é rica em biodversidade (Foto: Peru.Travel/Heinz Plenge)

Por Amazônia Real Publicado em: 21/05/2014 às 12:09

Lima (EFEverde) – Uma área da Reserva Nacional Pacaya Samiria na Amazônia do Peru, foi declarada uma emergência ambiental por 90 dias, juntamente com outras comunidades indígenas, devido à poluição da água e do solo por vazamentos de petróleo.

A Reserva Nacional Pacaya Samiria está localizada no Departamento de Loreto, que tem como capital Iquitos, na fronteira com o Brasil. A reserva está entre os rios Marañon e Ucayali (rio Amazonas) e abriga 449 espécies de aves, 102 de mamíferos, 69 répteis, 58 anfíbios, 256 espécies de peixes e 1.204 de plantas em uma área de 2,08 milhões de hectares.

Claudia Ochoa, representante da Sociedade Peruana de Direito Ambiental (SPDA) da região de Loreto, onde está localizado Pacaya Samiria, disse à Agência Efe que o derramamento de petróleo ocorreu em 2013.

“Tenha em mente que não há danos, mas não em toda a reserva porque o lugar onde ocorreu o derramamento é na parte norte, e não foi diretamente em Pacaya Samiria, mas um pouco fora, mas bate a reserva e da zona tampão “, disse Ochoa.

Pacaya Samiria é uma área natural protegida de 2.080.000 hectares que compreende uma grande biodiversidade e é o lar de inúmeras comunidades indígenas e tradicionais, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (Minam).

No domingo, dia 18 de maio, tornou-se efetiva declaração de emergência ambiental da bacia inferior do rio Marañon, compreendendo 17 localidades de Loreto e da área conhecida como bateria 3 Bloco 8, situada em Pacaya Samiria e que pertence à empresa Pluspetrol.

“Nós avaliamos que a área contém níveis significativos de risco à vida, à saúde da população e do meio ambiente, o que constitui dano ambiental significativo”, disse uma resolução do Minam.

Quando consultado pela Efe, Paola Chinen, Vice-Diretor da Diretoria de Qualidade Ambiental Avaliação OEFA (Agência de Avaliação e Controle Ambiental) indicou que a poluição na área vem de anos atrás.

Tratamento de óleo e água necessária

“Essa área é basicamente petróleo e que somado à falta de estações de tratamento de água aumenta o fator de risco”, disse Paola Chinen.

O funcionário disse que diversos exames por várias instituições que tiveram amostras de fontes de solo e água registraram a presença de contaminantes.

“No caso das concentrações de solo de hidrocarbonetos de petróleo que excedem o alto padrão de qualidade ambiental e de alguns metais também são encontrados”, disse ele.

Chinen disse que a declaração de emergência não resolveria o problema do lugar, mas que se destina a “tomar medidas imediatas para evitar qualquer risco iminente de problemas de saúde e gerar um plano de ações de médio e longo prazo”. EFEverde

Reportagem Noticiosa

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