Blog Jovens Cidadãos da Amazônia

Educação escolar na aldeia Traíra

Por Clemildo Parintintin Pikahu Publicado em: 17/12/2020 às 20:15

Foto acima, escola de educação indígena na TI Nove de Janeiro (Fotos de Clemildo Parintintin Pikahu)

Nasci na aldeia Aldeia Traíra, localizada na Terra Indígena Nove de Janeiro, no sul do Amazonas, e tenho 27 anos. Participei da segunda Oficina Jovens Cidadãos, em 2019, e por isso vou participar desse blog contando as histórias do meu povo Parintintin.

A educação na Escola Estadual Indígena Kwatijariga Riga e na Escola Municipal Indígena Nove de Janeiro, ambas atendendo alunos do povo Parintintin, já se encontrava precária. Neste período de pandemia da Covid-19, ficou ainda mais. A área indígena está sem atendimento para a manutenção dos prédios escolares.

A Escola Estadual Indígena Kwatijariga tem 43 alunos matriculados no ensino fundamental (16 estudantes) e médio (27), segundo dados da plataforma QEdu, da Meritt e Fundação Lemann.

Falta o curso de formação dos professores para o ensino de qualidade da educação escolar indígena. Faltam ferramentas tecnológicas para o incentivo dos alunos ao manuseio dos aplicativos e outros métodos de ensino.

Os alunos, que não têm essas ferramentas, estão perdendo muito conhecimento neste período de pandemia.

Além da educação, o povo indígena Parintintin, neste período de pandemia, destina seu tempo para o plantio de roça, pesca e caça em busca da alimentação.

Quando as famílias saem em busca da alimentação como os peixes, pesca o Piau, Aracu, Pacu e/ou Tucunaré do Rio Maici-Mirim, no sul do Amazonas (foto acima).

Durante a pescaria são utilizados os seguintes objetos: canoa, remo, arco e flecha. Com estes equipamentos ocorre a pescaria para alimentação do povo Parintintin.

O Blog Jovens Cidadãos da Amazônia é financiado pelo Rainforest Journalism Fund com apoio do Pulitzer Center

Clemildo Parintintin Pikahu

Clemildo Parintintin Pikahu tem 27 anos, e é do clã Kwãndu da etnia Parintintin. Professor e liderança da Aldeia Traíra, localizada na Terra Indígena 9 de Janeiro, no sul do Amazonas, participou da segunda Oficina Jovens Cidadãos, em 2019.