Amazônia em Chamas: o fogo apocalíptico de Rondônia

Por Amazônia Real Publicado em: 30/08/2019 às 23:44

Thaís Espinosa, especial para a Amazônia Real

Em Porto Velho é difícil tombar a cabeça para trás e não querer ficar ali algum tempo, contemplando o céu, que a cada instante surpreende com uma nova paleta de cores, vagarosamente alterada conforme a dança das nuvens. Costumava ser assim. Mas, neste mês de agosto, o sol não mostrou seus raios e a atmosfera ganhou tons cinzentos. A fumaça das queimadas tomou conta das ruas e do céu e, desde então, a cena apocalíptica persiste na capital de Rondônia

Nesta parte da Amazônia Ocidental, entre o fim de julho e agosto, os rondonienses já sabem o que esperar: é a época de seca, com menos chuvas, pois é quando acontece a vazante, a descida das águas dos rios. É neste momento que os produtores de soja, fazendeiros e madeireiros queimam as áreas que já foram desmatadas meses antes. Com a vegetação muito seca e ventos fortes, o fogo foge do controle, provocando os incêndios florestais que atingem as áreas agrícolas, as Unidades de Conservação e as Terras Indígenas, além de áreas públicas ainda sem destinação.

Essa prática de utilização do fogo foi intensificada com a chegada dos primeiros migrantes, vindos do Sul do país, na década de 70. Hoje, Rondônia é um dos estados mais desmatados na região amazônica, devido à forte pressão do agronegócio e da invasão de terras públicas (a grilagem), incluindo territórios indígenas. O crescimento da monocultura (especialmente da soja) também é outro indicador de que o Estado está perdendo floresta a cada ano que passa. O combate aos crimes ambientais não é tarefa fácil na Amazônia. Prédios do Ibama já foram atacados e veículos incendiados por aqueles que foram multados.

De 1º a 29 de agosto de 2019, o monitoramento do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisa (Inpe) registrou 5.442 focos de calor em Rondônia – um aumento de 175% em relação ao mesmo período de 2018, que foi de 1.975 pontos. Veja o infográfico:

Manifestante contra as queimadas em Porto Velho
(Foto: Thaís Espinosa/Amazônia Real)

Chuvas como a do dia 19 de agosto apenas aliviam por algumas horas o cheiro forte de fumaça. Mas o céu de Porto Velho permanece camuflado e irreconhecível e a qualidade do ar dos rondonienses cai radicalmente nesse mês. No Complexo Espaço Alternativo, um dos cartões postais da capital, os praticantes de atividades físicas e pessoas que fazem caminhada diminuem a frequência na área de lazer por causa da poluição das queimadas.

“Sou de Porto Velho e percebo que as queimadas esse ano se superaram. Aumentou fora do normal. No domingo (25) passei mal. Meu nariz entupiu, tive que tomar remédio, coisa que nunca tinha precisado. Vim trabalhar na marra mesmo”, diz o músico Jeferson Forte Sousa, 33 anos, que trabalha em um restaurante na frente do Complexo e observa a queda do movimento.

“Da minha casa para cá [restaurante] eu gasto 20 minutos [de bicicleta], mas com a fumaça sinto que diminuí muito o ritmo. Meu olho fica ardendo e sinto um peso pra respirar. Tenho que respirar com a boca aberta.”

A enfermeira e diretora da Unidade de Pronto Atendimento Sul, Veridiana Pedrosa, 36 anos, conta que na semana passada houve uma grande procura no posto médico por desconforto respiratório e, sobretudo, em pacientes com algum problema crônico, como asmáticos e alérgicos. Outras unidades de saúde, principalmente as de atendimento pediátrico, também registram aumentos consideráveis [no número] de pacientes.

“Fizemos recomendações para ingestão de bastante líquido e que os pacientes procurem a unidade sempre que necessário. Semana passada o ritmo foi bem intenso. Atendemos a uma média de 35 pessoas por dia por incômodos respiratórios, e em alguns dias esse número chegou a 50”, diz Veridiana.

O motorista de aplicativo, que se identificou como Jeidson, 42 anos, começa a trabalhar bem cedo. Ele disse que se surpreendeu com a falta de visibilidade na rua, tomada pela fumaça. “Era tudo um mix de branco que parecia neblina e cinza. Não vi o horizonte. Agora que choveu um pouco deu uma melhorada, mas ainda sobrou bastante fumaça”.

O satélite Aqua da Nasa capturou a fumaça na Amazônia em 11/08/2019 (Foto Aqua/Nasa)

Ao longo da viagem de Porto Velho a Guajará-Mirim, 330 quilômetros pela BR-364 (Rondônia/Mato Grosso), é perceptível a ocorrência dos incêndios na mata. Se já não bastasse casumo a devastação da Floresta Amazônica, os moradores também mantêm o hábito de atear fogo no lixo.

“É um problema de educação e conscientização ambiental extremamente grave porque essas pessoas colaboram para a poluição ambiental das nossas cidades, isso por que não tem a devida noção do que fazer com o próprio lixo”, diz a arquiteta e produtora cultural Thaiz Lucksis, 39 anos.

Questionado a respeito de ações de caráter educativo contra as queimadas em Guajará Mirim, o tenente Josimar Bragado, 48 anos, que trabalha no Corpo de Bombeiros da cidade, informou que, todos os anos, em conjunto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sedam) e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Sema), os bombeiros realizam alertas de prevenção aos incêndios, por meio da rádio local, panfletagem em semáforos e palestras nas escolas.

Pelo que se constatou, o fogo da zona rural de Guajará vem das fazendas que praticam queimadas em larga escala nas áreas desmatadas para as pastagens do gado. A fiscalização ambiental, enfraquecida, favorece e facilita a proliferação dos incêndios florestais, por falta de aplicação de punições de acordo com a lei. O mais grave é que os incêndios atingem pessoas de forma trágica.

Em Machadinho D’Oeste, no assentamento Galo Velho, a cerca de 400 quilômetros de Porto Velho, o casal Eidi Rodrigues de Lima, de 36 anos, e Romildo Schimdt, de 39, morreu carbonizado na pequena propriedade após uma queimada provocar um incêndio de grande proporção atingindo o assentamento. O casal não conseguiu fugir das chamas, como relatou o site do Globo Rural.

Uma disputa econômica

João Dutra, um dos coordenadores do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) de Rondônia, foi no domingo (25) protestar contra as queimadas na Amazônia, na capital. Para ele, o aumento dos desmatamentos na Amazônia é consequência da expansão do agronegócio na região e do desmonte do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), por exemplo, recebeu mais de R$ 14,7 milhões do Fundo Amazônia para combater os desmatamentos e as queimadas na Floresta Amazônica, que tem recurso de países como a Alemanha e Noruega. Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de alterar as regras do fundo, sem dialogar com os financiadores antes, os dois países suspenderam o repasse de recursos.

“O MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) faz um contraponto a esse modelo de desenvolvimento e o projeto que o atual governo tem é de não inclusão da classe trabalhadora da cidade, do campo e, muito menos, de quem vive na floresta”, disse João.

Ibama apreende madeira ilegal de desmatamento em Espigão do Oeste, Rondônia
(Foto: Fernando Augusto/Ibama)

Um dos projetos desenvolvidos pelo MAB, em parceria com Fundo Amazônia, visa contemplar moradores de localidades ameaçadas pelo desmatamento, funcionando como uma alternativa de renda a essa população. É uma disputa econômica, no final das contas. Em muitas comunidades, se não há fiscalização, madeireiros marcam presença, assediando famílias que não têm nenhum tipo de apoio para garantir uma renda que os ajude a manter a floresta em pé. O MAB luta para reverter essa situação.

“Para nós, o que está acontecendo agora não é ao acaso. Somos contra esse modelo de desenvolvimento e destruição da Amazônia. Buscamos um modelo em que a Amazônia tenha soberania, mas que seja uma soberania a partir dos povos da Amazônia e não a partir de um projeto de desenvolvimento de Estado”, diz João Dutra.

A estudante de psicologia Ana Clara Martins, 22 anos, lembra que, de fato, não é novidade esse cenário de queimadas na Amazônia, mas “o que está acontecendo esse ano é alarmante e uma resposta a esse projeto político que tem se respaldado com o governo do Bolsonaro”.

“Aqui em Rondônia, o sol não sabe se queima, não sabe se sangra (…)”. Quem diz essa frase é a fotógrafa e ativista das populações tradicionais negras Marcela Bonfim, paulista de Jaú, que mora desde 2010 em Porto Velho. Ela aponta que diante desse cenário, somente agora é que se volta o olhar para o Estado e, ainda assim, de maneira muito estigmatizada.

“Falar de Amazônia costuma ser um véu que encobre Rondônia, território que vem sendo tomado há muito tempo. Todo o mês de agosto isso vem de forma muito forte, e o que adianta agora é discutir, é tirar a gente desse plano de invisibilidade”, argumenta Marcela. Ela lembra, ainda, que Rondônia é um território marcado por duas ‘estações’: “a cheia e a queimada”.

Comunidade de Nazaré em Porto Velho, em Rondônia
(Foto: Marcela Bonfim/Amazônia Real/2014)

Ao falar da Amazônia em chamas, Marcela Bonfim relembra o trabalho do fotógrafo Luiz Brito, que expôs imagens de destruição, por meio das queimadas na década de 1980 em Rondônia, fotografadas por ele. Há quase 30 anos, o fotógrafo realizou andanças e registros de destruição pelos municípios de Porto Velho, Presidente Médici, Costa Marques e Guajará-Mirim e ao longo da rodovia BR-364, com mais de 700 quilômetros, unindo o sul e o norte do Estado.

“A fotografia continua a mesma. E essa situação não pode continuar a ser tratada como um caso emergencial, mas como pauta e preocupação de todos os órgãos que trabalham com a defesa ambiental. Mas ela é sempre levada como um furo, e é isso que nos machuca cada vez mais”, desabafa a fotógrafa.

Além de Porto Velho, os incêndios florestais acontecem em mais cinco municípios ao norte do estado: Cujubim, Candeias do Jamari, Nova Mamoré, Machadinho do Oeste e Buritis.

“Dessa vez, a fumaça chegou até nós de forma agressiva, mas ela já vem agredindo há muito tempo. Essa agressividade é traduzida pelo número de hectares plantados, pelo número de empresas que chegaram aqui, de distribuição de soja, o número de cabeças de gado. No eixo da região do baixo rio Madeira, uma boa parte está se constituindo sob a égide desse processo da soja”, diz Marcela. Um exemplo é a comunidade de Cujubim (localizada à beira do rio Madeira); sem contar a BR que liga Porto Velho a Vilhena.

Desmatamento para o plantio de soja, no Pará (Foto: INPE)

A cidade de Vilhena é conhecida como a capital rondoniense da soja. O Estado vive uma expansão desse plantio, que cresce a uma taxa de 10% a 15% ao ano, segundo dados da da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) em Rondônia. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rondônia aumentou a produção de soja em 18,7%, em relação à última safra, tendo uma produtividade maior que a média nacional. Por esse motivo, o Estado foi escolhido para sediar, pela primeira vez, a Abertura Nacional do Plantio da Soja – Safra 2019/2020.

A sojicultura ocupa, hoje, 340 mil hectares na região e a perspectiva para a safra 2019/2020 é de que o plantio da soja ocupe algo em torno de 400 mil hectares.

Para os produtores de grãos, o rio Madeira representa uma grande vantagem logística, pois favorece o escoamento de maneira barata até os portos do Norte para exportação. A hidrovia permite a navegação de grandes comboios, mesmo durante a estiagem, sendo este um grande atrativo para esse tipo de negócio na região.

“Aqui temos uma grande vantagem que é a logística. O rio Madeira favorece o escoamento de maneira barata e eficaz até os portos. A hidrovia permite a navegação de grandes comboios, com até 18 mil toneladas, mesmo durante a estiagem. Isso é um grande atrativo para os negócios na região”, conta o presidente Aprosoja em Rondônia, Juca Massutt, em entrevista ao Canal Rural. O otimismo com a safra levou os produtores de Rondônia a sediar a Abertura Nacional do Plantio da Soja – Safra 2019/2020, considerado um dos principais eventos do ramo no Brasil.

A vazante expõe os pedrais do rio Madeira
(Foto: Marcela Bonfim/Amazônia Real/2018)

A fotógrafa Marcela Bonfim já registrou os efeitos da enchente, de 2014, e da seca, de 2018, na vida das populações ribeirinhas e os conflitos agrários. Marcela aponta que o mais importante agora não é só a questão das queimadas, mas o que vem daqui por diante, pois ela teme um cenário traduzido nos interesses do agronegócio.

Ele pontua que a cheia dos rios, que ocorre periodicamente na região, mudando a paisagem das áreas rurais e ribeirinhas, era um fenômeno gerado por causas naturais, mas que passou a ser imprevisível desde a construção de grandes empreendimentos na região.

Já os efeitos das queimadas causadas pelos grandes produtores da soja é sentido o ano todo pelos moradores, devido à presença da fuligem que agride as vias respiratórias da população. “Agora temos uma meia visibilidade, e o depois? O depois a gente volta a ser cortina de fumaça; a gente volta a ser cortina de soja e só quem mora em Rondônia para saber. Está difícil, mas a gente pede por esperança”, diz a fotógrafa.

No céu plúmbeo de São Paulo

Imagem de sobrevoo em 24/08/2019 flagra grande incêndio em Rondônia
. (Foto: Victor Moriyama/Greenpeace)

A líder indígena Márcia Mura mora em Porto Velho, mas, por coincidência, estava em São Paulo no dia 19 de agosto quando o céu da maior cidade do país foi tomado por uma mega nuvem de fumaça que, conforme o Inpe, veio das queimadas de Rondônia, Mato Grosso e Bolívia.

“Em São Paulo, o dia escureceu às três da tarde e todo mundo ficou assustado. Quando voltei a Porto Velho, me deparei com esse céu cheio de fumaça também. Para mim foi muito angustiante, pois, uma das coisas que sempre me encanto aqui é com o céu claro”, disse Márcia.

Ela afirma que nas comunidades indígenas e tradicionais os povos resistem aos incêndios na floresta, apagando fogo, lutando contra madeireiros e “brigando contra todo o tipo de invasão”. Mas é uma luta desproporcional. “Na comunidade de Maravilha, estão sendo ameaçados porque querem manter a floresta em pé”, diz Márcia.

Maravilha é uma área de proteção ambiental, localizada após a ponte sob o rio Madeira. Ali, muitas árvores nativas foram destruídas, dentre elas o patauá, um fruto amazônico típico da alimentação tradicional que lembra o açaí (Euterpe oleracea) ou a bacaba (Oenocarpus bacaba). A ausência desse fruto na vida da população aumenta a insegurança alimentar da comunidade, que utiliza as sementes também para a confecção de artesanatos.

“Nós que estamos aqui na cidade temos que fazer essa resistência. Também somos parte desses povos e isso diz respeito diretamente a nós: esse sangue corre em nossas veias. Tem um dizer popular que fala: ‘quem não tem o sangue indígena correndo nas veias tem ele escorrendo nas mãos’”, diz Márcia.

Há anos, povos tradicionais vêm lutando e resistindo em defesa de suas terras. Márcia Mura aponta que a devastação na floresta faz parte desse processo histórico de luta. “Mas, da maneira com que vem acontecendo tais fatos, atualmente, aponta para uma política direcionada à expansão do agronegócio e para um projeto desenvolvimentista na Amazônia inteira, na qual a devastação da floresta faz parte desse projeto”, concluiu.

Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Candeias do Jamari, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Desmatamento próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)
Queimada próximo a Porto Velho, Rondônia em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace)

Conforme publicou a agência Amazônia Real na primeira reportagem da série Amazônia em Chamas, o desmatamento na região amazônica aumentou 278% no mês de julho deste ano, em relação ao mesmo período em 2018, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), alertando para o tempo sombrio.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) desqualificou os dados do instituto, usando um discurso de negação das consequências da degradação ambiental da floresta no país e no planeta. Ele ainda demitiu Ricardo Galvão, diretor do Inpe.

Mas os desmatamentos e os incêndios florestais na Amazônia ganharam repercussão internacional, após uma “mega nuvem” de fumaça de queimadas nos estados como Mato Grosso e Rondônia, além da Bolívia, tomar conta do céu de São Paulo.

Protestos contra a política negacionista do governo Bolsonaro, que tratou a fumaça em São Paulo, captada pelas imagens de satélites da Nasa, de “fake news” e culpou as organizações não governamentais pelos incêndios, foram realizadas no exterior e no país.

Em respostas ao protestos internacionais, Jair Bolsonaro autorizou, também nesta sexta-feira (23), o emprego das Forças Armadas para atuar no combate das queimadas em “áreas de fronteira, terras indígenas, unidades de conservação ambiental e em outras áreas da Amazônia Legal”.

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, esteve nesta sexta-feira (30) em Rondônia. Coordenador da operação de combate à queimadas e repressão a ilícitos ambientais, que iniciou no dia 26 de agosto, ele sobrevoou a região de Nova Mamoré. Após o sobrevoo, o general disse à imprensa que “fico satisfeito e feliz com a resposta rápida com que debelaram os focos de incêndio, não só as Forças Armadas, mas todas as agências que integram a Operação”, declarou o ministro.

Acompanhe a série sobre as queimadas na Amazônia

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Reportagem Noticiosa

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