Cultura

Há 30 anos, Ana Cláudia Jatahy enfrentou o machismo para ser a primeira fotojornalista do Amazonas

Ela venceu muitas situações de discriminação e assédio por ser mulher, mas ao invés de se intimidar, usou as experiências para se fortalecer (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real) Manaus (AM) – Durante seu processo de formação profissional, a […]

Por Elvira Eliza França Publicado em: 27/04/2019 às 01:24

Ela venceu muitas situações de discriminação e assédio por ser mulher, mas ao invés de se intimidar, usou as experiências para se fortalecer (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Manaus (AM) – Durante seu processo de formação profissional, a fotojornalista amazonense Ana Cláudia Jatahy ia e voltava do Rio de Janeiro – onde estudou Comunicação Social na Pontifícia Universidade Católica (PUC) – para Manaus. Em julho de 1989, constatando a lacuna profissional que existia nos jornais locais, ela foi conversar com o presidente de um jornal para oferecer seu trabalho. De imediato, ela sentiu como é forte o machismo no jornalismo: “Fotografia é coisa de homem!”, disse a ela o empresário. Sem se intimidar com a negativa, Ana Cláudia explicou que a fotografia era uma forma de “escrever com a luz”, usando a imagem fotográfica”. Assim, o empresário, desconfiado, se convenceu e aceitou a presença dela no jornal, mas o trabalho não durou muito tempo.

Apoiada pelo pai Pedro Jatahy, de quem recebeu a primeira máquina fotográfica modelo manual Pentax, ela foi enfrentando os obstáculos e seu olhar ficou ainda mais aguçado para saber detectar detalhes nas cenas cotidianas da Manaus urbana. Foi nessa época que Ana Cláudia Jatahy começou a trabalhar no jornal Amazonas em Tempo, que na época era dirigido por uma mulher: a jornalista Hermengarda Junqueira. Na redação, Ana Cláudia encontrou as portas abertas para fotografar e se destacar.

Inicialmente, foi ela trabalhar no segmento de Coluna Social, registrando eventos, mas rapidamente passou a transitar por várias editorias e aproveitava para fazer outras fotografias. Daí surgiu, ainda, uma parceria de 25 anos junto ao jornalista e amigo parceria Rogério Pina, que hoje trabalha no jornal A Crítica de Manaus, e enfoca seu trabalho no colunismo social, artes plásticas e no turismo regional, nacional e internacional.

Na quarta-feira, dia 10 de abril, Ana Cláudia Janathy participou do evento Coffee talk, na Galeria do Instituto Cultural Brasil Estados Unidos (Icbeu) Manaus. A atividade fez parte da Mostra Coletiva de Fotografias “ART PHOTO 18 Manaós – Caminhos do Olhar”, cujo curador é o artista plástico Sérgio Cardoso.

Essas conversas do público com os fotógrafos que participam da mostra, possibilita o contato de estudantes e artistas mais jovens com profissionais mais experientes, que compartilham conhecimentos, fazendo relatos sobre sua vida, na caminhada da construção da identidade profissional.

Ana Cláudia completará, neste sábado (26 de abril), 53 anos de idade, sendo 30 anos dedicados à fotografia. Além da formação em Comunicação Social, no Rio, ela estudou Marketing, no Centro Universitário Uninorte, em Manaus. Na Universidade de São Luis, no Maranhão, fez o curso de pós-graduação em Marketing Ambiental.

Ana Cláudia trabalhou em diversos veículos de comunicação, tendo publicações nas revistas de circulação nacional como: Manchete, Veja, Isto É, Contigo, Caras e outras. Também atuou como profissional em jornais de circulação nacional como o Globo, Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e Correio Brasiliense. Em Manaus, além do Amazonas Em Tempo, trabalhou em A Crítica e Diário do Amazonas, entre outros.

Atualmente, Ana Cláudia trabalha no Tribunal de Contas do Amazonas e tem um estúdio de fotografia. Dedica-se, ainda, a fornecer suas imagens para agências e sites de notícias nacionais, assim como para várias mídias do país e do exterior.

Fotografia de Ana Cláudia Jatahy cedida à Amazônia Real

Fora do ambiente da redação, Ana Cláudia expôs suas imagens, principalmente da flora e fauna da Amazônia, em exposições nacionais nas cidades de Brasília (DF), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Natal (RN) e Porto Alegre (RS). No exterior, suas fotos foram expostas em Nova Iorque (EUA), Helsínquia (Finlândia), Áustria (Viena) e Amsterdã (Holanda). Sempre que expõe, ela vende fotos de sua autoria e se diz realizada com a profissão que ama.

Durante a roda de conversa no Icbeu, depois da apresentação dos dados da experiência profissional e de fotos históricas no data show – dentre elas algumas premiadas, assim como de páginas de jornal com reportagens de sua autoria – Ana Cláudia começou o bate-papo com as pessoas presentes na galeria. Então, foi possível reconstruir parte da sua trajetória de vida como fotógrafa, em termos de infância, juventude, até a maturidade em que se encontra como fotógrafa.

Desde a infância, Ana Cláudia despertou o interesse pela fotografia, querendo mexer na máquina fotográfica de sua mãe Dulcinéa Jatahy. Era uma Olympus Trip 35 milímetros, que dividia cada fotograma em dois. Assim, a máquina duplicava o negativo de 36 exposições para 72 fotogramas. Por Ana ser ainda criança, sua mãe temia deixar a máquina em suas mãos. Na época, o equipamento fotográfico era caro, e estava em moda.

Então, o pai Pedro Jatahy, para aquietá-la, prometeu que quando Ana ficasse maior, ganharia uma máquina fotográfica de presente. Assim, quando a criança estava entre seis e sete anos, o pai ganhou uma máquina Pentax de rosca e cumpriu a promessa feita à filha, dando a máquina de presente a Ana Cláudia. A mãe, por sua vez, fez questão de orientar a menina para olhar pela pequena “janelinha” que havia na máquina, como se fosse a moldura de um quadro. Então, olhando por ali, antes de apertar o botão do disparo, ela aprendeu a fazer o enquadramento das imagens das fotos que produzia.

Colocando tudo na moldura da “janelinha”, a menina foi fotografando as pessoas da família e as cenas do cotidiano. Mais tarde, passou a fotografar colegas de escola, fazendo grande sucesso com suas produções fotográficas. Nesse processo, teve diferentes máquinas. Já fez silk sreen em camisetas para comprar equipamentos mais modernos e sofisticados.

Ana Cláudia Jatahy durante roda no Icbeu (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Quando Ana começou a fotografar, as máquinas fotografavam com filmes em rolo e a revelação requeria recursos financeiros que os pais forneciam para as fotos serem impressas no papel. Posteriormente, Ana Cláudia aprendeu a fazer as revelações, e fez experiências diferenciadas, dentre elas com o uso de iodo para dar um efeito solarizado às fotos que produzia.

Durante a roda de conversa, Ana Cláudia lembrou-se da experiência de acompanhar jornalista Luiz Otávio Monteiro, no Amazonas em Tempo, para fazer registros fotográficos das reportagens policiais. O jornalista foi assassinado em 29 de dezembro de 1988. Ela lembra que, em muitas ocasiões, realizou trabalhos arriscados com o jornalista, seguindo para diferentes locais de Manaus. Mas as experiências a ajudaram a se fortalecer e a enfrentar situações na relação com os homens, principalmente aqueles que tinham uma visão machista e desrespeitosa com as mulheres.

Durante a conversa no Coffee Talk, Ana Cláudia, sem citar nome, lembrou-se de que, certa vez, entrou na sala do chefe de um jornal no qual trabalhava. Assim que entrou, o homem trancou a porta com chave e, a seguir, aproximou-se dela, tentando seduzi-la. Como só o ato de se afastar dele não inibiu aquele comportamento assediador, ela começou a correr pela sala, para evitar o contato próximo. Contudo, foi seguida por ele, que correu atrás dela, com o intuito de agarrá-la. Foi uma situação constrangedora, até que ela conseguiu pegar a chave da sala e escapou pela porta afora, sendo seguida por ele pelas dependências do jornal.

Outras vezes, sofreu assédio moral no trabalho, por ser uma mulher entre muitos homens. Alguns reduziam o valor do pagamento do trabalho que ela realizava, devido aos ciúmes dos resultados que produzia. Às vezes, faziam gracejos, pois ela estava ficando cada vez mais visível nas atividades que realizava, mostrando que mulher também podia ser uma boa fotojornalista.

“Desde o dia que comecei a profissão, até hoje, passei por muitos desafios, indo trabalhar, inclusive, na cadeira de rodas, quando quebrei a perna”, diz Ana sobre nunca deixar de cumprir uma atividade profissional.

Foi assim, quebrando barreiras e enfrentando toda e qualquer situação, inclusive de estar fazendo reportagem com um grupo de militares na fronteira, que Ana Cláudia Jatahy foi construindo sua identidade própria na carreira profissional. Nas viagens de helicóptero e aviões monomotor que fez na Amazônia, teve despertado o interesse pelas fotos aéreas, que possibilitam às pessoas uma visão abrangente das cenas que via e que queria compartilhar enquanto escrevia tudo com a luz.

Fotografia de Ana Cláudia Jatahy cedida à Amazônia Real (MTur)

Uma das experiências mais arriscadas que Ana Cláudia vivenciou aconteceu certa vez, no Rio de Janeiro, quando estava fazendo fotos numa comunidade na favela. Ela não havia dado importância ao ouvir um homem passando por perto e dizendo que não queria ver ninguém fotografando no local. Não era a primeira pessoa que fazia alusão ao impedimento, mas ela só percebeu o risco que estava correndo, quando ouviu, muito próximo ao seu ouvido, um som de estralo de uma arma, pronta para disparar em sua cabeça.

O homem armado pediu que ela entregasse a máquina a ele, e assim ela o fez, mas não se contentou em fazer a entrega passivamente. Então, ela disse ao homem que queria falar com o chefe dele. Depois de insistir, o jovem a levou até o local em que o chefe se encontrava: um homem sem camisa, com vários cordões de ouro no pescoço, vestindo calça jeans, e portando algumas armas na cintura. Era um chefe do tráfico de drogas.

Ana Cláudia apresentou os argumentos da profissão e na conversa conseguiu reaver a máquina. Contudo, não se satisfez em ter a máquina de volta nas mãos, e ainda quis fazer fotos do chefe, propondo fazer um book fotográfico dele. Mais um pouco de conversa e ela o convenceu, mediante o acordo de que ela não iria fazer imagem da face dele. Já estava indo embora depois da sessão fotográfica, quando o chefe chamou outro rapaz armado e pediu que a acompanhasse até o local onde a foto seria revelada.

Assim, Ana foi obrigada a dar o filme com as fotos do chefe para outra pessoa. Contudo, foi esperta no momento em que fez a retirada do filme da máquina, pois pediu à pessoa do laboratório para usar a caixa escura. Então, cortou apenas parte do filme e ficou com o restante. Assim, pôde levar a outra parte das fotos dessa experiência arriscada, na qual ela sentiu, na pele, a situação de risco de fotografar certos ambientes.

Praia da Ponta Negra. Fotografia de Ana Cláudia Jatahy cedida à Amazônia Real (MTur)

Certa vez, em Manaus, Ana Cláudia decidiu fotografar pessoas usuárias do transporte coletivo em paradas de ônibus da cidade. Por alguns dias, permaneceu nesses locais discretamente e fotografou várias pessoas.

Dias depois, retornou aos mesmos locais e nos mesmos horários, e expôs as fotos das pessoas, surpreendendo a todos ao se verem na exposição. A experiência causou um grande impacto nos transeuntes, principalmente as pessoas fotografadas, ao verem suas imagens expostas. Assim, Ana sentiu-se gratificada com a alegria e a felicidade delas que participaram, sem saber, dessa experiência de terem a foto feita por uma profissional de fotojornalismo.

Em sua vida profissional, Jatahy diz que já registrou de tudo, desde trabalhadores, até animais, natureza, pessoas de diferentes idades e em variadas circunstâncias e classes sociais. Quando a máquina era com filmes, disse que não gostava de parar o que estava fazendo para trocar o filme. Hoje, no entanto, isso não ocorre mais, com o uso do equipamento digital.

Seu acervo tem fotos que foram tiradas com máquinas mais simples, em preto e branco, até as mais sofisticadas dos dias atuais, com máquina digital. Ana Cláudia valoriza o artesanato regional, a natureza amazônica, principalmente o contraste dos diferentes matizes de verde com os espelhos das águas, a luz e a sombra, e as diferentes cores que o dia apresenta aos seus olhos e à sua máquina fotográfica. Gosta muito de fazer fotos aéreas, e de brincar com o preto e branco. Com o avanço da tecnologia, também sente que fica mais liberada de carregar o peso dos equipamentos, que agora são mais leves. Porém, diz que para saber apertar os botões das máquinas modernas é preciso conhecimento, para produzir uma boa foto.

Para Ana Cláudia, tudo pode ser fotografado e ela não tem preconceitos em relação ao trabalho de fotografia, porque “quando há criatividade tudo é válido e traz motivação”. Por isso, certa vez, inovou, ao apresentar a foto de uma pessoa morta numa reportagem. Na época, os meios de comunicação anunciavam o falecimento de alguém apresentando uma foto três por quatro da pessoa em vida. Além disso, eram adeptos às imagens sangrentas, o que levava muitos leitores a dizerem que se espremessem o jornal sairia sangue. Essa estética do “espreme que sai sangue” ainda vigora em vários jornais do país do tipo tabloide popular. Então, Ana Cláudia quis fazer algo diferente e, certo dia, olhando por uma brecha da porta do Instituto Médico Legal, tirou a foto apenas do pé de um morto. Foi assim que inovou esse tipo de imagem na reportagem que fez para o jornal local.

Fotografia de Ana Cláudia Jatahy cedida à Amazônia Real

Vivendo numa época em que as fotos mais valorizadas sobre a Amazônia eram de trabalhos de profissionais do eixo Rio-São Paulo- Brasília, Ana Cláudia Jatahy diz que tornou suas imagens da floresta amazônica as mais conhecidos no país e no mundo. Fez isso por meio das reportagens, mas principalmente para o banco de imagens do Ministério do Turismo.

Ana diz que constata que os estudantes de jornalismo de hoje têm pouca experiência de convívio com o fotojornalistas, porque as faculdades e universidades adotam, como critério de contratação, o título acadêmico dos profissionais. Contudo, nem sempre essas pessoas têm experiências suficientes para ensinar e dar dicas adequadas sobre a profissão de fotojornalista.

Uma outra questão que aponta, é o fato de as pessoas usarem as fotos dos profissionais sem atribuir os créditos do direito autoral, o que cria uma crise no mercado da fotografia. Isso ocorre, principalmente, com fotos que são publicadas na internet, e que passam a ser reproduzidas por outras pessoas, que não fazem a citação do nome do fotógrafo.

Em relação a isso, diz que nunca foi atrás de fotos suas que foram publicadas sem crédito, porque a situação pode ser revertida, e ainda ela pode ser acusada de fazer assédio moral. Na época em que as fotos tinham negativo, era possível comprovar, na justiça, quem era o verdadeiro autor da foto. Mas com a tecnologia digital dos dias atuais, apesar de ser possível comprovar a autoria, é mais complicado, porque ficou mais fácil duplicar as fotos.

Para vencer crise de demissões na imprensa, Ana Cláudia se reinventa no estúdio de fotografia. Dá assessorias a instituições e organizações, trabalha em eventos, e assim vai mantendo seu trabalho. Disse que já fez silk screen para vender, para comprar equipamentos melhores e que não faz restrição a qualquer tipo de trabalho com fotografia.

Ana Cláudia tem 30 anos de profissão (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Lembra-se de que participou da produção da primeira revista gay de Manaus, chamada Meio Termo. Foi um trabalho realizado com outros sete jornalistas, cada um na sua função. Na ocasião, fotografou homens com o órgão sexual ereto, sendo que a foto de um taxista, modelo da capa, teve tanto sucesso, que ele foi convidado para posar para uma revista nacional. Gil, um colunista local, dizia que as fotos que Ana tirava eram verdadeiras pérolas.

Para Ana Cláudia, hoje todos têm olhar artístico e tiram fotos, fazendo uso de smartphones e máquina digital. Por isso, a fotografia tornou-se plural e acessível a todos. Quando as fotos são publicadas em redes sociais, no entanto, elas passam a ser de domínio público. Assim, quando um autor posta sua foto, está abrindo mão dos direitos de reprodução de sua obra, porque o país ainda carece de ferramentas jurídicas para assegurar o direito autoral do fotógrafo.

Assim, as fotos que Ana Cláudia publica são selecionadas e ela tem um instagram pessoal. Quando está tirando fotos como profissional, ocorre de, às vezes, as pessoas oferecerem o celular para ela, pedindo para que as fotografe. Ana Cláudia diz que não tem vergonha de se recusar a fazer isso, porque seria banalizar seu trabalho como profissional da fotografia. Por isso, não troca gentilezas sociais pelo direito autoral das fotos que produz.

No que diz respeito à influência de outros profissionais sobre seu trabalho, ela cita Sebastião Salgado como aquele que deixou marcas mais profundas na sua identidade profissional. Disse ter se emocionado muito quando o encontrou pessoalmente porque, para ela, esse foi o fotógrafo que conseguiu imprimir nela uma forma diferenciada de ver o mundo.

A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
A natureza amazônica e o patrimônio arquitetônico de Manaus pelo olhar de Ana Cáudia Jatahy (MTur)
Fotografia de Ana Cláudia Jatahy cedida à Amazônia Real

Dentre as fotos que produziu e que mais gostou, Ana Cláudia mostrou, durante sua apresentação na roda de conversa, uma na qual registrou o pôr do sol, na imensa floresta amazônica. A foto também tem um pequenino barco colorido, navegando nas águas do rio, mostrando o contraste entre a imensidão da floresta e do rio com a singeleza da presença humana nesse ambiente natural.

Mas para Ana, o melhor trabalho ainda não foi produzido. “Meu melhor trabalho eu ainda nem fiz. Sempre que entro num projeto, acho que vai ser o melhor trabalho. Gosto muito de fazer o resgate da nossa arquitetura e tenho um projeto denominado ‘Manaus olha para cima’, com o objetivo de fazer o amazonense se ver e perceber a beleza da história que está no seu entorno. Quero fazer um resgate das imagens dos prédios e das famílias que começaram a levantar Manaus.”

Assim, a fotojornalista terminou a conversa, falando sobre a importância do amazonense deixar de olhar para o chão, porque é importante que veja toda a beleza da Amazônia que tem diante de si. Essa é a beleza que Ana Cláudia Jatahy tem escrito com a luz nas fotos que produziu e que continuará produzindo, como a primeira fotógrafa do Amazonas.

Elvira Eliza França é mestre em Educação pela UNICAMP, especialista em Programação Neurolinguística pelo NLP Comprehensive dos EUA e graduada em Comunicação pela Universidade de Mogi das Cruzes (SP). É autora dos livros: “Crenças que promovem a saúde: mapas da intuição e da linguagem de curas não-convencionais em Manaus, Amazonas” editado pela Valer e Secretaria de Cultura e Turismo do Amazonas (2002); “Corporeidade, linguagem e consciência: escrita para a transformação interior” (1995), “Dimensões interiores da escrita: a voz da criança interior” (1993), “Do silêncio à palavra: uma proposta para o ensino da filosofia da educação” (1988) e “Filosofia da educação: posse da palavra” (1984), publicados pela Editora Unijuí (RS).

Reportagem Noticiosa

Sobre a matéria

Elvira Eliza França

Elvira Eliza França é mestre em Educação pela UNICAMP, especialista em Neurociência e Comportamento pela PUC (RS), especialista em Programação Neurolinguística pelo NLP Comprehensive dos EUA e graduada em Comunicação Social pela Universidade de Mogi das Cruzes (SP). É autora dos livros: “Crenças que promovem a saúde: mapas da intuição e da linguagem de curas não-convencionais em Manaus, Amazonas” editado pela Valer e Secretaria de Cultura e Turismo do Amazonas (2002); “Corporeidade, linguagem e consciência: escrita para a transformação interior” (1995), “Dimensões interiores da escrita: a voz da criança interior” (1993), “Do silêncio à palavra: uma proposta para o ensino da filosofia da educação” (1988) e “Filosofia da educacão: posse da palavra” (1984), publicados pela Editora Unijuí (RS). Criou a técnica terapêutica com as expressões das emoções denominada “Caretas Articuladas com Movimentos das Mãos - CAMM.”

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1 Comentário

Luciano disse:

08/08/2020 às 15:14

Prezada Elvira. Estou aqui encantado com o trabalho de Ana ao longo desses 30 anos. Na minha infância, fui vizinho dela, onde morávamos em um conjunto de casas e compartilhamos muitas brincadeiras de criança numa Infancia já distante. Gostaria muito de falar com ela e até já solicitei amizade no Instagram mas ela ainda n me aceitou. Se vc puder compartilhar o contato dela, um e-mail mesmo Já serviria p que eu possa tentar contactar. Obg. Parabéns pela matéria riquíssima em detalhes! Um primor!

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