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Kumuã: os especialistas de cura do Alto Rio Negro

A agência de jornalismo independente Amazônia Real produziu o curta-metragem “Kumuã: os especialistas de cura do Alto Rio Negro” para contar as histórias dos homens que possuem o conhecimento da medicina indígena e cuidam da propriedade de cura e proteção […]

Família de João Paulo Barreto Tukano (Foto: Alberto César Araújo/Amazônia Real)

Por Amazônia Real Publicado em: 01/09/2019 às 19:01

A agência de jornalismo independente Amazônia Real produziu o curta-metragem “Kumuã: os especialistas de cura do Alto Rio Negro” para contar as histórias dos homens que possuem o conhecimento da medicina indígena e cuidam da propriedade de cura e proteção dos povos Tukano por meio do bahsese (terapia ancestral), do bahsamoi (os cantos/rituais) e do kihti (as tramas de histórias contadas pelos indígenas).

Dirigido pelo jornalista Fábio Zuker, que assina o roteiro, com fotografia de Alberto César Araújo e montagem de César Nogueira, o documentário tem como protagonista Yurupu, nome na língua Tukano de João Paulo Lima Barreto, doutorando em Antropologia e criador do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi´i , em 2017, onde o público é atendido pelos Kumuã, em Manaus. .

Para João Paulo, o Kumu (no plural é Kumuã), genericamente chamado de pajé, possui o poder de evocar propriedades de cura e de proteção. É ele quem possui o conhecimento da medicina indígena. “É um detentor de fórmulas do corpo”, resume João Paulo. O sistema de conhecimentos indígenas é, na visão do pesquisador, “tão complexo quanto o da ciência, que ela nega, descarta, e não compreende”.

Com 11 minutos e 45 segundos de direção, o documentário é uma espécie de “boat movie”, um filme-de-barco. De 4 a 12 de março, a equipe da Amazônia Real viajou até a comunidade São Domingos Sávio, no rio Tiquié, em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, fronteira com a Colômbia, para registrar o conhecimento dos Kumuã. João Paulo ficou quinze anos afastado da comunidade por conta de seus estudos em Manaus.

Partindo da sede do Município de São Gabriel da Cachoeira, o filme encontra pelo caminho grandes especialistas das terapias indígenas. Em cada corredeira, em cada aldeia, com cada Kumu, o que se entrevê é a luta dos Kumuã pela perpetuação das suas formas de fazer mundos e pessoas.

Fotografias Alberto César Araújo/Amazônia Real

Participam do curta-metragem, além de João Paulo Barreto, os Kumuã
Duhpo- Manoel Lima, Ahkuto – Nelson Pedrosa, Yupiri – Cláudio Lemos Barreto, Arkuto – José Maria Barreto, Kumarõ – Ovídeo Barreto, Seribi – Isac Resende Barreto, Kisibi – Durvalino Moura Fernandes, Bayá Yepa Suriã – Otávio Barreto, as herboristas Nubia Lima e Marta Trurriyo.

Agradecimentos:

À família Lima Barreto
À Comunidade de Pari Cachoeira
À Comunidade de São Domingos Sávio
À Fundação Nacional do Índio (Funai)

Ficha técnica:
Direção e roteiro: Fábio Zuker
Imagem e áudio: Alberto César Araújo
Montagem: César Nogueira
Mixagem de som: Paulo Marinho
Consultoria e tradução: João Paulo Lima Barreto – Yupuri
Ilustração do cartaz: Denilson Baniwa
Designer: Nádia Saraiva

Apoio: Fundação Ford

Idioma: Português
Classificação indicativa: Livre
Cor: Colorido
Gênero: Documentário
Duração: 11´45
Ano de produção: 2019
Formato de captação: HD 1080 X

Trilha sonora é composta pelas canções “Caapivaia” e “Vara Sagrada”, de Raimundo Caetano – Grupo de Música Dessana, que faz parte do projeto “A Música das Cachoeiras”, da Cauxi Produções.

Este vídeo faz parte do projeto “Olhando Por Dentro da Floresta Amazônica”.

Coordenação geral: Kátia Brasil

Realização: Amazônia Real

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Reportagem Noticiosa

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