Questão Agrária

Nova espécie de pirarucu é classificada no Amazonas

Um estudo inédito publicado na edição atual da revista Copeia, da Sociedade Americana de Ictiologia e Herpetologia pelo ictiologista Donald Stewart, da State University of New York, traz detalhes sobre a classificação de uma quinta espécie de pirarucu (Arapaima Osteoglossomorpha: […]

Por Liège Albuquerque Publicado em: 04/11/2013 às 00:01

Um estudo inédito publicado na edição atual da revista Copeia, da Sociedade Americana de Ictiologia e Herpetologia pelo ictiologista Donald Stewart, da State University of New York, traz detalhes sobre a classificação de uma quinta espécie de pirarucu (Arapaima Osteoglossomorpha: Osteoglossidae). O “novo” pirarucu foi encontrado durante estudos na confluência dos rios Purus e Solimões, mais especificamente na área da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (a 600 quilômetros de Manaus), uma das maiores de manejo do pirarucu no Amazonas.

Embora a maioria da população que consome um dos peixes mais caros e conhecidos do Amazonas não tenha ideia, havia, até então, quatro espécies oficialmente definidas cientificamente do pirarucu: Arapaima gigas, Arapaima arapaima; Arapaima mapae; e o Arapaima agassizii. Este quarto e último foi classificado em 1847.

Já a quinta espécie é registrada e descrita no artigo de Stewart com três principais diferenças dos pirarucus conhecidos. As cavidades laterais de seu dorso são mais alongadas em relação aos outros, a parte superior da cabeça é quase plana e a base da nadadeira dorsal é completamente coberta por marcas.

Outras distinções taxonômicas são descritas no texto científico. “Também se distingue do Arapaima mapae e Arapaima agassizii por ter pedúnculo caudal relativamente profundo e do Arapaima giga por ter dentes mandibulares em uma única linha”.

Segundo o artigo, nos últimos 145 anos até 2003, o Arapaima gigas era tido como a única espécie de pirarucu no mundo. Foi quando foram aceitas cientificamente como diferentes outras três espécies, já classificadas em 1847 pelos cientistas Cuvier e Valencienne.

Stewart estava exatamente estudando as diferenças dessas quatro espécies quando foi surpreendido com esta quinta espécie. Em contato por e-mail, o ictiologista contou que passa as próximas duas semanas coletando pirarucus em área de várzea, em Santarém, no Pará.

Além desta nova espécie classificada, antes, no Amazonas, só era encontrado o Arapaima gigas, que é o maior peixe conhecido do Estado. O pirarucu estava na lista das espécies ameaçadas de extinção e sua pesca é proibida.

Reportagem Noticiosa

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