Meio Ambiente

Torre de 42 metros sobre a floresta amazônica inaugura em 2014

A mais alta torre para observação da floresta no Amazonas, com 42 metros de altura, será inaugurada pelo Museu da Amazônia em março do ano que vem, no Jardim Botânico Adolpho Ducke, na zona leste de Manaus. “Queremos que essa […]

As fundações da torre já estão fincadas ao solo. Foto: Vanessa Gama/Divulgação Musa

Por Liège Albuquerque Publicado em: 16/12/2013 às 00:00

A mais alta torre para observação da floresta no Amazonas, com 42 metros de altura, será inaugurada pelo Museu da Amazônia em março do ano que vem, no Jardim Botânico Adolpho Ducke, na zona leste de Manaus. “Queremos que essa torre seja tão essencial ao turista ao visitar o Estado quanto conhecer o Teatro Amazonas”, define o diretor geral do museu, o físico Ennio Candotti.

Financiada pelo Fundo Amazônia, gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a torre vai custar R$ 800 mil. As fundações já estão fincadas no local e, em janeiro, chegam os últimos materiais, de Cuiabá (MT): as três plataformas de observação. Serão sete pavimentos, ou plataformas menores para paradas, separados por cerca de seis metros de cada pilar.

“Não temos cálculo ainda da quantidade de degraus, mas garantimos que a subida não será cansativa porque é contemplativa e sempre guiada”, destaca o diretor-executivo do Musa, Álvaro Roberto Moraes. Segundo ele, um elevador com capacidade para um cadeirante e um acompanhante por vez está no projeto, mas deve ser juntado à torre em meados do ano que vem.

O material da torre é um aço especial, bastante resistente a chuvas, ao calor e à umidade natural da região, de acordo com Moraes. “Como não tínhamos a opção de adquirir em Manaus, o material foi comprado em São Paulo e Belo Horizonte e galvanizado em Cuibá. Todo o transporte dessas cidades para dentro da floresta já é uma aventura fascinante”.

O transporte das partes da torre para dentro da floresta já é uma aventura. Foto: Vanessa Gama/Divulgação Musa

A torre está sendo instalada a 500 metros da entrada do Jardim Botânico e é necessário seguir uma trilha na mata para chegar até o local. Detalhe aos que gostam de altura: a árvore mais alta na floresta de 5 quilômetros quadrados (dentro da área de mais de 100 quilômetros quadrados da Reserva Florestal Adolpho Ducke), onde fica a área aberta à visitação do JB, tem 33 metros de altura. “Para calcularmos a altura ideal para a torre, uma câmera foi instalada na copa da árvore mais alta da floresta”, conta Moraes.

TORRES

Um hotel de selva no Amazonas tem uma torre de 25 metros de altura. O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), tem quatro torres não abertas à visitação, na BR 174, destinadas a estudos, de até 80 metros de altura, em meio à floresta Amazônica.

De acordo com a assessoria de imprensa do Inpa, existe um projeto do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA/Inpa), de instalar uma torre de 30 metros no meio do Bosque da Ciência dentro do instituto, no bairro do Aleixo, em Manaus. A torre serviria como uma estação de micro meteorologia em que poderia se medir a umidade, velocidade e direção do vento, direção solar e a qualidade do ar. A ideia é monitorar os dados em tempo real e expor aos visitantes em sala de vidro que seria instalada em frente à torre.

EXPOSIÇÃO

No dia, 12 de dezembro, o Musa inaugurou um orquidário e lançou o catálogo da exposição Peixe e Gente, baseada no livro “Gente e Peixe no Alto Rio Tiquié”, do Instituto Socioambiental, organizado pelo antropólogo Aloisio Cabalzar. A direção de arte da exposição é do artista plástico Zeca Nazaré. Também trabalharam na montagem da exposição o artista Feliciano Lana, da etnia desana, que ilustrou mitos e histórias e a fachada da exposição, conhecedores e artesãos indígenas das etnias Tuyuka, Tukano e Yeba masã, do rio Tiquié e profissionais do Musa.

Uma cozinha tipicamente indígena foi montada na exposição, inspirada nas comunidades Pirarara (Médio Tiquié) e Caruru (Alto Tiquié), onde são preparados os pratos da culinária do alto Rio Negro. As armadilhas de pesca foram trazidas das comunidades Caruru, São Domingos, Bela Vista, São Paulo (etnia Tukano) e São Pedro (Tuyuka, Yebamasã), ou confeccionadas no próprio local da exposição. São jequis variados, imihnó (cacuri portátil), esteiras (grandes e pequenas), matapis, caiás e puçás – dispositivos fixos utilizados na captura de peixes.

O Musa fica no Jardim Botânico Adolpho Ducke, na zona leste de Manaus. Criado em outubro de 2000, o JB é administrado por meio de uma parceria entre o Inpa, a Prefeitura de Manaus e o Musa. Tem mais de 3 quilômetros de trilhas na mata fechada, com guias. Fica aberto de terça a domingo das 8 às 17 horas. Mapa no link http://www.museudaamazonia.org.br/?q=94-lista-1702-Localiza%E7ao

Reportagem Noticiosa

Sobre a matéria

Liège Albuquerque

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4 Comentários

Wilson Simão disse:

28/03/2014 às 05:18

pelo jeito , a defesa civil vai acabar exigindo um para raios.

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Wilson Simão disse:

28/03/2014 às 05:15

Manda instalar um para raios

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Zanato Giustina disse:

24/12/2013 às 09:10

Será uma torre que mostrará as belezas do Amazonas ou tentará de fazer intender que ainda pode ser explorada por os turistas?….estes investimentos me deixam sempre com muitas duvidas…

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Maria Elisabeth Bezerra disse:

16/12/2013 às 09:50

Que maravilha essa novidade! Já está incluído como prioridade quando voltar em agosto de 2014. Parabéns pelo furo!

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