Cresce intolerância a religiões de matrizes africanas

“Meu muro estava pichado com frases dizendo que Deus ia voltar e que a gente era do demônio”

Mãe Betânia de Oxalá

A agressão ocorreu quando uma equipe da Manaus Energia fez uma visita técnica em sua casa e o acusado, que prestava serviços à empresa, era fanático religioso.

Lideranças afro-religiosas resistem aos ataques

Mãe Betânia de Oxalá deu um basta a episódios como esse e procurou a Justiça. O agressor foi desligado da empresa.

Pai de Santo há 38 anos em Manaus, Baba Jean Marius conta que o enfrentamento do racismo religioso se revela nos pequenos acontecimentos cotidianos

"Filhos de Santo tiveram suas corridas de aplicativo canceladas na frente da Casa de Axé, assim que os motoristas viram as pessoas trajando vestes afro-religiosas."

Subnotificação é uma realidade

Neste ano foram registrados 9 crimes de preconceito de raça, cor, etnia e religião, segundo Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Amazonas. Em 2021, foram 29 casos.

O Amazonas se junta ao Maranhão e ao Pará, evidenciando que a intolerância a religiões de matrizes africanas se espalha pela Amazônia.

No fim de abril, pregadores evangélicos “exorcizavam” os frequentadores de dois terreiros de matriz africana em São Luís (MA).

Neopentecostais, em uma manifestação, distribuíram panfletos para os filhos de santo, enquanto diziam frases como “Jesus está agindo”.

Em 2021, as ações de racismo religioso dos neopentecostais foram defendidas pela deputada estadual Mical Damasceno (PTB) na tribuna e nas mídias sociais.

"Quando uma casa de culto é atacada, todo o corpo religioso afrobrasileiro ou africano é magoado e atacado também”

Mãe Kabeca de Xangô

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Lívia Lemos

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Cícero Pedrosa Neto, Diego Janatã, Alberto César Araújo, reprodução redes sociais.