Facebook é multado por expor tráfico de animais

Dossiê da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas) utilizou estudo da Universidade de Northumbria, no Reino Unido.

O estudo monitorou grupos no Facebook e no Whatsapp (que também faz parte da empresa Meta), do final de 2020 até o início de 2022.

Além da denúncia, o estudo visa entender o panorama atual do tráfico de animais silvestres no Brasil, diz Dener Giovanini, coordenador do Renctas.

Ele afirma que muitas vezes os traficantes de animais aproveitam a situação vulnerável de algumas pessoas para conseguir coletar esses animais.

"Os traficantes compram ou trocam esses animais barganhando comida, roupa. É um problema social que temos na base do tráfico de animais silvestres”

Dener Giovanini

Entre os animais mais comercializados estão os répteis (44%), as aves (40%) e espécies exóticas (19%), que não ocorrem naturalmente no Brasil.

As redes sociais têm sido o principal meio onde os traficantes de animais silvestres atuam, com anúncios feitos em grupos.

Os animais são enviados aos compradores por transportadoras particulares ou até mesmo pelos Correios.

Por serem vitrines virtuais, as redes impulsionam a venda ilegal de animais e conectam traficantes e compradores, oferecendo anonimato pela internet.

A empresa Meta, em nota enviada à Amazônia Real, informou que ainda não foi notificada formalmente sobre a multa.

“Nossas políticas não permitem conteúdo sobre compra, venda, comércio, doação ou oferta de espécies em vida selvagem" Empresa Meta

Segundo Dener, com a multa a organização aguarda uma mudança de postura do Facebook em relação aos grupos de tráfico de animais. 

“O comercio ilegal da fauna brasileira é extremamente comum no Facebook e no Whatsapp, então esperamos que tomem as devidas providencias”

Dener Giovanini

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Lívia Lemos

IMAGENS

RENCTAS, Yolanda Mêne, Oliver Kornblihtt/ Mídia Ninja, Diego Baravelli/ Greenpeace