Construção do Linhão de Tucuruí atravessará as terras desse povo indígena
O Linhão de Tucuruí ligará Manaus a Boa Vista por meio de 715 km de uma rede de energia elétrica. Desse total, 122 km atravessarão o território dos Waimiri Atroari.
Na quinta-feira (5/5), 450 indígenas aprovaram a contraproposta apresentada pelo governo federal e pelo consórcio da obra.
Em dezembro, a juíza Jaíze Fraxe estipulou uma compensação de R$ 133 milhões aos Waimiri Atroari pelos prejuízos que a obra causará ao seu povo.
É claro e inequívoco que o empreendimento já está causando ao povo Kinja (Waimiri Atroari) prejuízo patrimonial e restrição de uso de recursos naturais e impactos irreversíveis
A proposta de compensação foi apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) e o valor da indenização anunciada pelo governador Antonio Denarium (PP).
O Linhão de Tucuruí é uma obra do consórcio Transnorte Energia (TNE) - Alupar e Eletronorte - e vai interligar Roraima ao sistema nacional de energia.
Desde 2012, os Waimiri Atroari sofriam pressão dos governos de Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro para permitir que a obra fosse liberada.
Os Kinja (como os Waimiri Atroari se autodenominam) já sofrem ameaças desde os anos 1970, com obras como BR-174, Usina de Balbina e Mineradora Taboca.