Base de proteção da Funai a índios isolados no Vale do Javari, no Amazonas, é atacada a tiros por invasores
DOE PARA A AMAZÔNIA REAL
Sua contribuição fortalecerá o jornalismo investigativo, feito com independência e liberdade editorial, que visibiliza as populações silenciadas.
Exterminar populações nativas para ocupar seus territórios é uma tradição no Brasil. Começou no ano de 1500, quando o conquistador português desembarcou da caravela e avistou no litoral da Bahia índios que habitavam desde tempos imemoriais as terras anunciadas como recém-descobertas. 500 anos depois o bandeirante recebe tratamento de herói, seu nome é dado a avenidas importantes e monumentos são construídos em sua homenagem, apesar dos métodos genocidas que ele usou para subjugar os povos nativos. O bandeirante entrava nos sertões à frente de uma comitiva armada e partia em busca de mão de obra para trabalhar na lavoura da cana-de-acúcar. Quando encontrava comunidades indígenas, destruía aldeias, trucidava homens, mulheres e crianças indistintamente e conduzia os sobreviventes – acorrentados – até os engenhos de cana-de-açúcar onde os vendia como escravos. O genocídio dos povos originários foi amparado na Doutrina da Guerra Justa, utilizada pelo colonizador para banalizar a morte dos pagãos resistentes à chegada do progresso. Pagãos, infiéis, gentios bárbaros, selvagens, negros da terra, tapuios, mamelucos, caboclos, caiçaras ou bugres eram pejorativamente chamados os povos que não compartilhavam com o colonizador religião, idioma e costumes e chegada do progresso significava a ocupação de suas terras pelo estrangeiro invasor. Os índios brasileiros tem o dever de pesquisar seu passado para revisar a História do Brasil registrada pelo colonizador nos livros didáticos, omissos em relação à política genocida praticada há cinco séculos pelo Estado Brasileiro contra povos originários. Índios avistados nos semáforos das cidades brasileiras, pedindo esmolas para garantir a sobrevivência, são prova de que a tradição continua, porém com versão atualizada. Chegada do progresso significa, hoje, expulsar populações das terras onde vivem desde tempos imemoriais, derrubar a floresta e implantar nelas atividades altamente lucrativas ao custo da destruição do meio ambiente e da desestruturação social dos povos nativos. Quem lucra com a mineração à base de mercúrio que contamina rios e lagos onde os índios pescam e bebem; com o comércio clandestino de madeira e carvão que reduz florestas inteiras a montes de toras e brasas; com a plantação extensiva de milho e soja que abusa dos agrotóxicos e torna o Brasil o maior consumidor de venenos do planeta; com hotéis de luxo construídos em praias de beleza paradisíaca à custa da expulsão de comunidades tradicionais que habitavam a região há séculos, e com os projetos de usinas hidrelétricas executados sem respeitar estudos de impacto ambiental e social ?
http://www.mpf.mp.br/am/sala-de-imprensa/noticias-am/decisao-da-justica-reconhece-violacoes-contra-povo-waimiri-atroari-na-abertura-da-br-174
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/04/19/interna_politica,373440/documento-que-registra-exterminio-de-indios-e-resgatado-apos-decadas-desaparecido.shtml
http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2013-09-25/construcao-de-rodovias-no-governo-militar-matou-cerca-de-8-mil-indios.html
http://vladimirherzog.org/minidocumentario-revela-que-ditadura-criou-campos-de-concentracao-indigenas/
Nós brasileiros precisamos influênciar o governo q inicia agora em janeiro ,ativar novas maneiras e realizações de ajuda e contato com os indigenas isolados na região norte do brasil,obtendo voluntários com conhecimento em selva e rios de dificil acesso através aparelhamentos adequados a região.Se caso houver interesse por parte da funai ,eu tenho interesse através de contrato não só eu mas alguns colegas meu de profissão militares aposentados do estado de goiás, eu aguardo respostas possíveis sobre esse meu comentário,abço.