“Passar pelos locais e ver a terra seca, sem rio, dói em muitos lugares. A angústia de ver a população sem água potável, sem alimentos, a tristeza de ver os peixes e botos mortos não me atravessa sem me entristecer profundamente” - Samara Souza, jornalista e fotógrafa
“Me chama atenção fotografar um lugar que nem parece minha cidade, vi as coisas se transformarem em cinza, há poucos meses estava fotografando a cidade de cima e tava tudo colorido” - Nathalie Brasil, fotojornalista
“Um dos maiores desafios foi ser lida como frágil, incapaz, e que não iria aguentar as dificuldades logísticas que muitos trabalhos oferecem. Felizmente, nunca tive problemas em realizar as coberturas em campo, o trabalho que tive foi de explicar que eu era capaz” - Juliana Pesqueira, fotógrafa
“O que me chama mais atenção é a invisibilidade das aldeias próximas à região de Tefé, um apagamento das histórias e das pessoas pela sociedade civil e, principalmente, pelo poder público. As pessoas que moram na cidade de Tefé, não fazem a mínima ideia onde fica grande parte das aldeias, o que me choca, por essas aldeias serem tão próximas da cidade” - Steffane Azevedo, jornalista e documentarista
“Pairava então um clima distópico e apocalíptico, da mais pura realidade vivida naquele momento. As condições não eram adequadas, este era o problema. Diante de nossos olhos, crimes ambientais levam o rio embora. O rio que estava sendo tão maltratado pelo garimpo ilegal. Enquanto fotografava, eu me perguntava: ‘A Amazônia está à venda’” - Grazi Praia, fotógrafo e diretor
“Eu percebo que a maior parte dos grandes veículos de comunicação com fins lucrativos, jornais e agências de notícias, sejam nacionais ou estrangeiros, costumam contratar o mesmo perfil de profissional que é o homem hetéro, cis e branco. Quando contratam mulheres, a maior parte ainda é branca. É uma constatação, basta ler os créditos” - Marizilda Cruppe, fotojornalista.