Cofundadora da Agência Amazônia Real e editora de conteúdo. Atuou como repórter na imprensa do Amazonas e especializou-se na produção de reportagens socioambientais na Amazônia com enfoque em povos indígenas e povos tradicionais, direitos territoriais, direitos humanos, impactos de grandes obras na natureza e nas populações amazônicas, entre outros assuntos. Possui Prêmio Imprensa Embratel, Prêmio Onça-Pintada de Jornalismo e Prêmio Fapeam de Jornalismo Científico. É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM). ([email protected]/[email protected])
É lamentável a publicação de uma matéria dotada de informações errôneas. A pasta vampiricida é
um dos artifícios utilizados pelo PNCRH – Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros -, do Ministério da Agricultura, para controle da doença em todo o Brasil. O produto é fabricado por Laboratório de Saúde Animal Certificafo e auxilia no trabalho de equipes de captura do morcego hematófago, um dos principais transmissores do vírus da raiva.
A pasta vampiricida não contém veneno, ela é resultado de uma mistura de vaselina sólida com o anti-coagulante Wafarina, na proporção de 2%.
Primeuramente é feito o levantamento de abrigos de morcegos como cavernas, cisternas e locais abandonados. A captura é feita a noite, sendo retidos apenas os hematófagos, os de outras espécies são soltos.
A pasta é passada nas costas do morcego que é solto de volta à colônia. Como eles têm o hábito de se lamberem mutuamente, acabam por disseminar o produto em outros morcegos. Cada animal com a pasta é capaz de repassar o produto para cerca de 10 a 20 outros animais, que morrem por hemorragia, num período de 3 a 5 dias.
O morcego hematófago é o principal transmissor da raiva em herbívoros por causa dos desmatamentos descontrolados que obrigaram esses animais a buscar alimento fora de seu habitat natural. A grande preocupação é a transmissão da doença em humanos, principalmente nas áreas rurais.
Muito diferente do que diz a matéria, a pasta é
bastante eficaz no CONTROLE DO MORCEGO TRANSMISSOR DA RAIVA, de forma alguma ela pode afetar outros animais silvestres. O trabalho da equipe deve estar sendo acompanhado por um médico veterinário e implantado de acordo com as normas estabelecidas após décadas de estudos.
Prezada Elda, obrigada pelo contato e pela contribuição. A matéria foi produzida com base nas informações da especialista, que também conversou com outros colegas da áreaa. O que ela fez foi alertar para a necessidade de um estudo ambiental e sanitário na região da Resex Rio Unini antes da aplicação da pasta, devido às peculiaridades da área. Estudo que não existe, até então. Quanto à não eficácia completa, o próprio diretor da FVS, que também é médico, concorda.
Elaíze Farias.
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É lamentável a publicação de uma matéria dotada de informações errôneas. A pasta vampiricida é
um dos artifícios utilizados pelo PNCRH – Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros -, do Ministério da Agricultura, para controle da doença em todo o Brasil. O produto é fabricado por Laboratório de Saúde Animal Certificafo e auxilia no trabalho de equipes de captura do morcego hematófago, um dos principais transmissores do vírus da raiva.
A pasta vampiricida não contém veneno, ela é resultado de uma mistura de vaselina sólida com o anti-coagulante Wafarina, na proporção de 2%.
Primeuramente é feito o levantamento de abrigos de morcegos como cavernas, cisternas e locais abandonados. A captura é feita a noite, sendo retidos apenas os hematófagos, os de outras espécies são soltos.
A pasta é passada nas costas do morcego que é solto de volta à colônia. Como eles têm o hábito de se lamberem mutuamente, acabam por disseminar o produto em outros morcegos. Cada animal com a pasta é capaz de repassar o produto para cerca de 10 a 20 outros animais, que morrem por hemorragia, num período de 3 a 5 dias.
O morcego hematófago é o principal transmissor da raiva em herbívoros por causa dos desmatamentos descontrolados que obrigaram esses animais a buscar alimento fora de seu habitat natural. A grande preocupação é a transmissão da doença em humanos, principalmente nas áreas rurais.
Muito diferente do que diz a matéria, a pasta é
bastante eficaz no CONTROLE DO MORCEGO TRANSMISSOR DA RAIVA, de forma alguma ela pode afetar outros animais silvestres. O trabalho da equipe deve estar sendo acompanhado por um médico veterinário e implantado de acordo com as normas estabelecidas após décadas de estudos.
Prezada Elda, obrigada pelo contato e pela contribuição. A matéria foi produzida com base nas informações da especialista, que também conversou com outros colegas da áreaa. O que ela fez foi alertar para a necessidade de um estudo ambiental e sanitário na região da Resex Rio Unini antes da aplicação da pasta, devido às peculiaridades da área. Estudo que não existe, até então. Quanto à não eficácia completa, o próprio diretor da FVS, que também é médico, concorda.
Elaíze Farias.