Mulheres fazem arte por justiça climática em Manaus
Citações
“Eu sempre estou gripada por causa da situação climática, do sol e do superaquecimento. Sair para trabalhar no horário de meio dia e depois pegar chuva deixa a gente doente. Tem o alagamento, porque onde eu moro é um bairro abandonado pela falta de políticas públicas, mas também é cercado pelo rio. Qualquer ‘chuvinha’ já alaga a minha casa. Falar de clima é uma questão do meu território e da minha identidade” - Thaysa Magalhães, b-girl
“Se eu estou na rua todo dia, eu sinto esse impacto. Todo dia sinto calor que queima a minha pele, que já feriu a minha pele. É dessa forma que as artistas de rua na Amazônia são afetadas” - Emy, grafiteira e arte educadora
“É para justamente mostrar que a pessoa indígena está em contexto urbano aqui na Amazônia. Aqui as paisagens são misturadas, o contexto do interior e o contexto urbano. Aqui em Manaus você vê uma palafita na beira do rio, nos bairros dentro da cidade. O jovem indígena também está nesse contexto periférico. Eu trago essa raiz no mangue do meu território e coloquei no cabelo que pintei, que é bem simbólico também dentro da cosmologia Tupinambá” - Isa Muriá, grafiteira e artista visual
“Quando tinha fumaça a gente não podia fazer show, justamente por causa da questão da respiração. A seca refletiu no trabalho que a cultura hip-hop tem em outros municípios do Amazonas, e acabamos impossibilitados de ir fazer esse trabalho” - Cida Aripória, artista indígena Kokama, rapper, produtora cultural e pioneira do rap no Amazonas
Local de Cobertura


É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+ do Norte. Em seu trabalho fotográfico, utiliza suportes analógicos, digitais e experimentais para registrar cenas da Amazônia urbana e de manifestações artísticas de rua marginalizadas, como a pixação e o graffiti. Desde 2018, participa de exposições de arte independentes e coletivas em Manaus. Já expôs trabalhos fotográficos no 10º Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e na Galeria do Largo – Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). Recebeu o 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020), o Prêmio Sebrae de Jornalismo – AM na categoria Texto (2024) e o Prêmio Megafone de Ativismo na categoria Reportagem de Mídia Independente (2025). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.
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