por que o aterro de Iranduba
preocupa a
população
As vidas de comunidades ribeirinhas inteiras do município de Iranduba, no Amazonas, podem ser afetadas com a chegada de um aterro sanitário.
Com uma população de 49,7 mil pessoas, o município é obrigado a criar um aterro até 2024, de acordo com o novo marco do saneamento básico.
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"Um lixão em minha porta"
Os moradores alegam que não foram consultados para o planejamento e temem que suas plantações, terras e o próprio cotidiano sejam modificados.
“Nós fornecemos alimentos para as escolas. Vivemos disso e não fomos consultados sobre esse aterro”
Marta Leite, agricultora
A situação dos moradores das comunidades de Iranduba é um caso de racismo ambiental contra a população ribeirinha da Amazônia.
“A prefeitura de Iranduba, que devia estar fazendo esse serviço, vai ter que pagar para Norte Ambiental recolher e jogar no nosso quintal"
Raul Perigo, arqueólogo
A empresa Norte Ambiental decidiu instalar o aterro à margem da principal via de acesso, a Rodovia Manoel Urbano, próximo aos sítios, casas e lojas de familiares.
“Isso é um processo de educação ambiental. Tem que estar envolvida a comunidade, o poder público, a mídia, tem que educar as pessoas a tratar o lixo
em casa"
Raul Perigo, arqueólogo
Em abril deste ano, o Tribunal de Justiça do Amazonas, junto com a Comarca de Iranduba, determinou a suspensão do processo de licenciamento ambiental sob pena de multa
Em nota, o Ipaam informou que suspendeu o processo, “até posterior decisão judicial”. A
Amazônia Real
acompanha o caso desde dezembro de 2021.
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Lívia Lemos
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Alberto César Araújo, Divulgação
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