Falta cloroquina nas aldeias

A população indígena está sem estoque do medicamento nos Dseis dos estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, entre outros.

Aternativa perigosa

A falta de cloroquina tem obrigado os agentes de saúde a adotarem o emprego de uma combinação de medicamentos utilizados apenas em casos graves da doença.

A mistura de remédios cura, mas em pouco tempo a própria cloroquina pode se tornar ineficaz para combater o parasita da malária.

“O uso indiscriminado desses medicamentos pode causar efeitos colaterais importantes, criar resistência do Plasmodium vivax à cloroquina e onerar em muito as despesas para o SUS”

Paulo Basta, pesquisador da Fiocruz

Durante a Covid-19, os Dseis da região receberam 622 mil comprimidos de cloroquina 150 miligramas enviados pelo Ministério da Saúde. 

Crescimento impressionante

Entre 2005 e 2014 foram registrados 41,6 mil casos de malária na TI Yanomami. Nos cinco primeiros meses de 2021, já foram registrados 5,1 mil casos. 

“Acabaram com a cloroquina agora, não tem mais para malária. Estão usando um único tipo de remédio para todas as formas."

Auxiliar de enfermagem anônimo da TI Yanomami

Pazuello foi indiciado em crimes de epidemia com morte; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade como extermínio, perseguição e outros atos desumanos. 

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Lívia Lemos

IMAGENS

Agência Saúde, Paulo Basta / Fiocruz, Divulgação, @swissnex, Dsei Yanomami, Carolina Antunes/PR, Euzivaldo Queiroz/ Especial MS