A vasta área a oeste da BR-319 possui alta biodiversidade e diversos povos indígenas. É dali também que partem os "rios voadores" para o Sudeste e o Sul do País.
Caso o asfaltamento ocorra, é esperado que os atores e processos de desmatamento migrem para essa região, que já vive ameaças localizadas.
O entorno da BR-319 possui um grande estoque de carbono. Se a obra for liberada, haveria efeitos sobre o aquecimento global em um curto período de tempo.
O agronegócio da pecuária e da soja terá caminho livre para escoar seus produtos, mas também aumentará a pressão por mais áreas de pasto e cultivo.
Na série "Grilagem na rodovia BR-319", os cientistas Philip M. Fearnside, Lucas Ferrante e Maryane B.T. Andrade mostraram os interesses abertos e ocultos pela liberação da obra.
A série mostra como "o governo brasileiro tem favorecido a grilagem de terras na Amazônia e como a BR-319 tem dado acesso às terras públicas e incentivado a invasão dessas áreas".
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Eduardo Nunomura
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Ben Sutherland/ Wikimedia, Carolle Alarcon, Alberto César Araújo, Youtube/ Dnit, Michael Dantas/ WWF Brasil, Alberto César Araújo, Raphael Alves, Michael Dantas/ WWF Brasil, AleRO, Felipe Werneck/ Ibama, Yolanda Mêne, Bruno Kelly