Por que a rodovia  BR-319 é tão prejudicial

A nova rota da destruição florestal

O asfaltamento da BR-319, de Manaus a Porto Velho, ligaria o "arco do desmatamento", no sul da Amazônia, à capital amazonense.

A estrada foi construída nos anos 1970, dentro do Plano de Integração Nacional, mas abandonada em 1988. Desde 2015, recebe apenas manutenções.

A vasta área a oeste da BR-319 possui alta biodiversidade e diversos povos indígenas. É dali também que partem os "rios voadores" para o Sudeste e o Sul do País.

Caso o asfaltamento ocorra, é esperado que os atores e processos de desmatamento migrem para essa região, que já vive ameaças localizadas.

O entorno da BR-319 possui um grande estoque de carbono. Se a obra for liberada, haveria efeitos sobre o aquecimento global em um curto período de tempo.

O agronegócio da pecuária e da soja terá caminho livre para escoar seus produtos, mas também aumentará a pressão por mais áreas de pasto e cultivo.

Na série "Grilagem na rodovia BR-319", os cientistas Philip M. Fearnside, Lucas Ferrante e Maryane B.T. Andrade mostraram os interesses abertos e ocultos pela liberação da obra.

A série mostra como "o governo brasileiro tem favorecido a grilagem de terras na Amazônia e como a BR-319 tem dado acesso às terras públicas e incentivado a invasão dessas áreas".

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Eduardo Nunomura

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