Hidrelétricas no rio Trombetas preocupam quilombolas e indígenas do Pará
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Morei em cachoeira Porteira e convivi com os povos daquele lugar, era muito novo, mas tenho muitas boas lembranças da vila e dos quilombolas e índios. Aquilo deve ser preservado como um tesouro, acabar com aquelas cachoeiras e rios que tanto nadei em suas águas é como matar as nossas memórias.
Trabalhei em Cachoeira Porteira no período de 1972 a 1976, pela Construtora Andrade Gutierrez e depois fomos para Porto de Trombetas em 1976 a 1979.Assim morei com a minha familia em garretas para depois foi construido a Vila de Cachoeira
É uma lastima a contrução de barragem no rio Trombetas é ainda uma das poucas regiões intocadas pelo homem, com uma biodiversidade enorme e repleta de história.
Com certeza essa barragem não é necessária, sendo que já está sendo construída a de Belo Monte, que inclusive vai ser uma das maiores do mundo.
Para que tanta barragem?
Simplesmente o projeto da hidroelétrica localizada na área de Cachoeira Porteira não foi levado adiante devido a quebra do pais no final do governo Figueiredo, agravada pelo péssimo governo Sarney.
Quem conhece o estudo metódico idealizado no governo militar denominado Projeto Radam, estudo este que visava a integração da Amazônia, tomou conhecimento do cinturão de PCH ( denominadas hidrelétricas de baixa queda), partindo de Balbina No rio Uatuma tendo mais duas pequenas usinas (katuema e Nhamunda) até chegar em Cachoeira Porteira.
Após três décadas e rigor da legislação ambiental , tais projetos tornaram-se inviáveis