Indígenas querem fundar a 1ª Academia da Língua Nheengatu
Citações
Local de Cobertura


Jullie Pereira é manauara, jornalista formada na Universidade Federal do Amazonas, com pesquisa científica em análise do discurso político e TCC em produção de documentário sobre questões de gênero. Desenvolve trabalhos com foco em direitos humanos e já participou de projetos com organizações nacionais e internacionais, como a Safer Net e Artigo 19. Em 2018 trabalhou como produtora de TV no Grupo Rede Amazônica e atualmente é repórter do site Amazonas Atual, além de ser colaboradora da startup galápagos Newsmaking. Em Manaus, cria ações semanais dentro do CPA - Centro Popular do Audiovisual e da Abaré Escola de Jornalismo, projeto de combate à desinformação que fundou em 2020.
DOE PARA A AMAZÔNIA REAL
Sua contribuição fortalecerá o jornalismo investigativo, feito com independência e liberdade editorial, que visibiliza as populações silenciadas.
Seria gratificante aprender está língua “mãe”! Obrigada pelo artigo.
Parabéns. A iniciativa é oportuna. Muito boa e informativa a reportagem. Gostaria de fazer um contato com o pessoal da Academia. Como devo proceder.
Espero que tenha cursos de nheengatu em todo o território brasileiro. O nheengatu é parte da nossa história. Só foi proibido com o Marquês de Pombal, mas ainda assim não foi totalmente eliminado. Graças a Deus. Por mim, o Brasil seria bilíngue, como o Paraguai.
Vale demais a pena todo esse trabalho para resgatar a riqueza de uma língua originária. Quero muito aprender o idioma Nheengatu e fazer minha parte no sentido de valorizar e propagar o idioma.
Por gentileza, como faço para entrar em contato com pessoas do grupo de whatzap para informações sobre esse estudo?
Abraço fraterno!
Muito importante a inclusão do ensino nheengatu na grade curricular das faculdades
É muito gratificante vê a minha língua sendo hoje valorizada. Isso foi uma luta de varios anos de resistência dos falantes. Os professores indígenas do Alto Rio Negro são ricos em dons que receberam do deus Baré. E esse dom se transforma em material pedagógico nas escolas ribeirinhas indígenas. É emocionante ver uma criança que está aprendendo a conhecer ou lidar com “as línguas ” cantar na linguagem de cebolinha (personagem do Maurício de Sousa) o canto de “aikue pa yepe tapila…) ou recitar um verso, contar uma piada, receita rezar ou orar na língua. Imaginem o nheegatu nas universidades. Está lindo… parabéns à Academia!!
Que bom ver e ouvir da minha língua sendo hoje valorizada. Os professores indígenas do Alto Rio Negro são ricos em dons que receberam do deus Baré. Com esses dons ensinam nas escolas ribeirinhas indígenas em nossa língua. É muito gratificante ver uma criança que está aprendendo a conhecer “as linguas” cantar na linguagem de cebolinha (personagem de Maurício de Souza) canto de “Aiku pa yepe tapila…”ou contar uma piada, verso, rezar ou orar… na língua nheegatu. A família escolar e comunitária não zombam ou item e sim ficam emocionados de ver a língua sendo hoje valorizada. Imaginem nos o nheegatu nas universidades. Está lindo….parabéns a Academia!!!
Parabéns ao grupo de professores de nheengatu ,a criação da academia da nossa língua e de suma importância para os povos dos territórios onde se fala nheengatu
“Os missionários católicos criaram o Nheengatu misturando palavras em português e em tupi, para padronizar a linguagem com características dos colonos.”
Essa declaração é meio inconsistente. O Nheengatu não foi criado por ninguém. É uma língua que se desenvolveu no contexto colonial do Grão Pará, mas de forma natural e gradual. Nela existem termos oriundos do português (empréstimos acontecem em todos as línguas), mas não dá pra dizer que o Nheengatu é uma mistura de língua indígena com português.