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Meio Ambiente

Especialista faz alerta para o uso de veneno em morcegos no Rio Unini

Amazonia Real Por Elaíze Farias Publicado em: 07/12/2017 às 17:43
Elaíze
Elaíze Farias

Cofundadora da Agência Amazônia Real e editora de conteúdo. É referência em reportagens sobre povos originários, populações tradicionais, denúncias de violações de direitos territoriais e direitos humanos, crise climática, violências socioambientais e impactos de grandes empreendimentos na natureza e nas populações amazônicas. Entre as premiações recebidas, está o Prêmio Imprensa Embratel de 2013. Em 2021, foi homenageada no 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), junto com Kátia Brasil, também fundadora da Amazônia Real. Em 2022, recebeu o Prêmio Especial Vladimir Herzog. É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

2 Comentários

  1. Elda disse:

    É lamentável a publicação de uma matéria dotada de informações errôneas. A pasta vampiricida é
    um dos artifícios utilizados pelo PNCRH – Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros -, do Ministério da Agricultura, para controle da doença em todo o Brasil. O produto é fabricado por Laboratório de Saúde Animal Certificafo e auxilia no trabalho de equipes de captura do morcego hematófago, um dos principais transmissores do vírus da raiva.

    A pasta vampiricida não contém veneno, ela é resultado de uma mistura de vaselina sólida com o anti-coagulante Wafarina, na proporção de 2%.
    Primeuramente é feito o levantamento de abrigos de morcegos como cavernas, cisternas e locais abandonados. A captura é feita a noite, sendo retidos apenas os hematófagos, os de outras espécies são soltos.

    A pasta é passada nas costas do morcego que é solto de volta à colônia. Como eles têm o hábito de se lamberem mutuamente, acabam por disseminar o produto em outros morcegos. Cada animal com a pasta é capaz de repassar o produto para cerca de 10 a 20 outros animais, que morrem por hemorragia, num período de 3 a 5 dias.

    O morcego hematófago é o principal transmissor da raiva em herbívoros por causa dos desmatamentos descontrolados que obrigaram esses animais a buscar alimento fora de seu habitat natural. A grande preocupação é a transmissão da doença em humanos, principalmente nas áreas rurais.

    Muito diferente do que diz a matéria, a pasta é
    bastante eficaz no CONTROLE DO MORCEGO TRANSMISSOR DA RAIVA, de forma alguma ela pode afetar outros animais silvestres. O trabalho da equipe deve estar sendo acompanhado por um médico veterinário e implantado de acordo com as normas estabelecidas após décadas de estudos.

    • Amazônia Real disse:

      Prezada Elda, obrigada pelo contato e pela contribuição. A matéria foi produzida com base nas informações da especialista, que também conversou com outros colegas da áreaa. O que ela fez foi alertar para a necessidade de um estudo ambiental e sanitário na região da Resex Rio Unini antes da aplicação da pasta, devido às peculiaridades da área. Estudo que não existe, até então. Quanto à não eficácia completa, o próprio diretor da FVS, que também é médico, concorda.
      Elaíze Farias.

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