GLO na COP30 depende de Lula, diz Ministério da Defesa

Organizações pedem que o governo federal não decrete a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em Belém (PA) durante a COP30, para evitar a criminalização de manifestações e protestos dos movimentos sociais.

Militares convocados para compor a tropa em missão de GLO durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro., em 2016 (Foto Cabo Vinícius Santos/Cecomsaer).
Amazonia Real Por Nicoly Ambrosio Publicado em: 27/10/2025 às 14:22
Citações

“Há uma expectativa de que seja entendido e seja respeitado o conjunto das expressões e das mobilizações que irão acontecer na COP. O decreto da GLO nos preocupa porque temos vivido situações de violência contra os povos, contra as comunidades, contra os bairros, contra as periferias” - Iury Paulino


“Não existe qualquer justificativa prática para esse tipo de medida. O governo já anunciou que Belém vai contar com um grande contingente de segurança, incluindo forças locais e nacionais e até metade do efetivo da Polícia Federal deve ser deslocado para o Pará. Se todos esses recursos já estão disponíveis, qual seria a necessidade de acionar o exército?” - Bruna Balbi


 

“Isso aprofunda um processo de criminalização que os movimentos sociais já enfrentam, com uma restrição da presença de povos indígenas, quilombolas e defensores de direitos humanos. O que a gente defende é que a segurança desse evento seja uma segurança civil e democrática que garanta o direito de todos participarem livremente da COP sem medo ou qualquer medida que seja tendente a intimidar e, portanto, limitar a participação do povo amazônico nesse importante evento climático” - Paulo André Nassar

Nicoly
Nicoly Ambrosio

É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+ do Norte. Em seu trabalho fotográfico, utiliza suportes analógicos, digitais e experimentais para registrar cenas da Amazônia urbana e de manifestações artísticas de rua marginalizadas, como a pixação e o graffiti. Desde 2018, participa de exposições de arte independentes e coletivas em Manaus. Já expôs trabalhos fotográficos no 10º Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e na Galeria do Largo – Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). Recebeu o 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020), o Prêmio Sebrae de Jornalismo – AM na categoria Texto (2024) e o Prêmio Megafone de Ativismo na categoria Reportagem de Mídia Independente (2025). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.

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