Lula homologa 4 terras indígenas, mas faltam 66 pela conta da Apib

Sobe para 20 o total de terras indígenas homologadas durante o governo Lula desde 2023. Muitas delas aguardavam há dez anos, desde que foram declaradas como terras indígenas. Outras, contudo, ficaram de fora, como a TI Sawré Muybu, dos Munduruku.

Em 18 de novembro, a FUNAI anunciou na Green Zone da COP30 a homologação de quatro Terras Indígenas. Participaram lideranças indígenas e autoridades como Joenia Wapichana, Sonia Guajajara, Weibe Tapeba e Mauro Pires (Foto: Juliana Pesqueira/Amazônia Real/2025).
Amazonia Real Publicado em: 18/11/2025 às 15:52
Por da Amazônia Real
Citações

A homologação nos dá direito de voltar para casa. A gente volta para casa com dignidade e com o direito de ser quem somos. O Estado brasileiro arrancou, interrompeu nossas vidas. É isso que está por trás dessa homologação” - Ângela Kaxuyana


“É uma luta de muito tempo e muitas pessoas que já participaram dessa luta não estão aqui. Em memória deles, a gente celebra essa conquista hoje, porque esses espaços foram e são locais importantes e sagrados para nós, são locais de memória dos nossos antepassados, dos nossos ancestrais” - William Nazokemai


 

“A homologação é uma coisa, a demarcação física é outra, e é feita pela Funai depois que sai a portaria declaratória. Cada terra indígena é um caso. Às vezes há ações judiciais que suspendem o processo, às vezes a portaria acabou de sair” - Joenia Wapichana

Nicoly
Nicoly Ambrosio

É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+ do Norte. Em seu trabalho fotográfico, utiliza suportes analógicos, digitais e experimentais para registrar cenas da Amazônia urbana e de manifestações artísticas de rua marginalizadas, como a pixação e o graffiti. Desde 2018, participa de exposições de arte independentes e coletivas em Manaus. Já expôs trabalhos fotográficos no 10º Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e na Galeria do Largo – Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). Recebeu o 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020), o Prêmio Sebrae de Jornalismo – AM na categoria Texto (2024) e o Prêmio Megafone de Ativismo na categoria Reportagem de Mídia Independente (2025). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.

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