“A premiação é, acima de tudo, uma conquista política primeiramente, por ser uma pessoa trans, não-binária, afroindígena da zona leste de Manaus, que faz, produz, promove fomento de arte principalmente das artes cênicas na minha cidade, no meu território, pensando em educação, pensando em formação de público”, diz
a atriz Correnteza Braba, do espetáculo “Lágrimas Negras”, que ganhou o prêmio de Melhor Atuação.
“É muito recente pra mim ver corpos como o meu ocupando a cena artística no Amazonas, no teatro mais recente ainda, creio que ‘pioneiras’ no teatro são as travestis aqui, nosso espetáculo é o primeiro com 100% de pessoas trans no elenco, isso é de muita grandeza em poder chegar pela primeira a este lugar”, explica Wendy Lady Oha sobre sua premiação de Melhor Figurino.
“Estamos no jogo, na vida e precisamos ocupar realmente esses espaços e acima de tudo esses espaços devem ser reconhecidos, mas também naturalizados né gente? Eu não quero sempre no festival ter que dizer: ‘aí é espetáculo trans’, não. É o espetáculo, feito por artistas, se vivemos numa sociedade que você pensa em inclusão vai ter, claro, pessoas trans na parte técnica, nas criações, mas isso também não pode ser fetichizado”, afirma Ly Scantbelruy.
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