A agência de jornalismo independente e investigativo Amazônia Real é uma organização sem fins lucrativos, criada por jornalistas mulheres em 20 de outubro de 2013, em Manaus, no Amazonas, Norte do Brasil. Sua missão é
fazer jornalismo ético e investigativo, pautado nas questões da Amazônia e de seu povo. A linha editorial é voltada à defesa da democratização da informação, da liberdade de expressão, da liberdade de imprensa e dos direitos humanos. ([email protected])
Caro Renan, para tu teres uma noção um pouco menos absurda do que o projeto waraná (o melhor: “o projeto integrado de etnodesenvolvimento” do CGTSM) representa para o Povo Sateré-Mawé, te aconselho uma calma e aprofundada navegação no site , o Portal dos Filhos do Waraná. Tenho certeza que tu tens a capacidade de enxergar facilmente como a construção de uma autonomia econômica através do Consórcio dos Produtores Sateré-Mawé fundamenta efetivamente a construção de uma autonomia política através do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé, e como essa última fundamenta a reconstrução de uma autonomia cultural através da Livre Academia do Wará Quem resistiu a esse processo autônomo de etnodesenvolvimento, ao crecimento de uma cada vez mais efetiva capacidade de autogestão da Terra Indígena, só foi a mais baixa politica partidária e clientelar, ou interesses econômicos do agronegocio, mas hoje em dia até eles com pouca convicção. Pena ver um intelectual apoiar levianamente esses interesses, somente por preguiça de se informar!
Prezado Maurizio, agradeço sua contribuição ao debate. Quanto às observações, ressalto, porém, que a busca pela autonomia dos ameríndios do Baixo Amazonas, em específico dos Sateré-Mawé, perpassa por diferentes vieses perceptivos, os quais não foram totalmente abarcados por seu comentário acerca do que expus. De forma que, afirmo, as ambiguidades descritas em meu artigo no tocante ao Projeto estão associadas a fragmentações notadas em campo e avaliadas segundo inferências de depoimentos de membros do próprio Waraná. Ou seja, dada a dinâmica e a mutabilidade de crenças, atitudes, valores e ideologias humanas, fiz uma reflexão entendendo que é possível a cadeia associativa a qual você defende – autonomia econômica leva a autonomia social que leva a autonomia cultural – estar prenhe de mais incertezas do que realmente se sugere. E justamente este é o ponto nodal da questão. Como sublinhar cientificamente que essa associação suposta (economia-política-cultura) dá-se sem interferências psicofísicas? Em que medida impactos do avanço do capital geram estranhamentos aos Sateré-Mawé? Foi nessa seara que busquei inserção e a partir dela convido-o a refletir com melhor sobriedade sobre o disposto no artigo. De toda a sorte, obrigado por seus apontamentos. Saudações científicas.
Caro Renan, para tu teres uma noção um pouco menos absurda do que o projeto waraná (o melhor: “o projeto integrado de etnodesenvolvimento” do CGTSM) representa para o Povo Sateré-Mawé, te aconselho uma calma e aprofundada navegação no site , o Portal dos Filhos do Waraná. Tenho certeza que tu tens a capacidade de enxergar facilmente como a construção de uma autonomia econômica através do Consórcio dos Produtores Sateré-Mawé fundamenta efetivamente a construção de uma autonomia política através do Conselho Geral da Tribo Sateré-Mawé, e como essa última fundamenta a reconstrução de uma autonomia cultural através da Livre Academia do Wará Quem resistiu a esse processo autônomo de etnodesenvolvimento, ao crecimento de uma cada vez mais efetiva capacidade de autogestão da Terra Indígena, só foi a mais baixa politica partidária e clientelar, ou interesses econômicos do agronegocio, mas hoje em dia até eles com pouca convicção. Pena ver um intelectual apoiar levianamente esses interesses, somente por preguiça de se informar!
Prezado Maurizio, agradeço sua contribuição ao debate. Quanto às observações, ressalto, porém, que a busca pela autonomia dos ameríndios do Baixo Amazonas, em específico dos Sateré-Mawé, perpassa por diferentes vieses perceptivos, os quais não foram totalmente abarcados por seu comentário acerca do que expus. De forma que, afirmo, as ambiguidades descritas em meu artigo no tocante ao Projeto estão associadas a fragmentações notadas em campo e avaliadas segundo inferências de depoimentos de membros do próprio Waraná. Ou seja, dada a dinâmica e a mutabilidade de crenças, atitudes, valores e ideologias humanas, fiz uma reflexão entendendo que é possível a cadeia associativa a qual você defende – autonomia econômica leva a autonomia social que leva a autonomia cultural – estar prenhe de mais incertezas do que realmente se sugere. E justamente este é o ponto nodal da questão. Como sublinhar cientificamente que essa associação suposta (economia-política-cultura) dá-se sem interferências psicofísicas? Em que medida impactos do avanço do capital geram estranhamentos aos Sateré-Mawé? Foi nessa seara que busquei inserção e a partir dela convido-o a refletir com melhor sobriedade sobre o disposto no artigo. De toda a sorte, obrigado por seus apontamentos. Saudações científicas.