Servidor da Funai relata medo e tensão no sul do Amazonas
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Sua contribuição fortalecerá o jornalismo investigativo, feito com independência e liberdade editorial, que visibiliza as populações silenciadas.
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Prezada “Idas e Vindas” ou sei lá que nome é esse. eu conheço o Sandoval Amparo, sou amigo dele e sempre que discordei dele falei na lata , por e mail ,na cara dele , ao vivo ou seja como for, mas nunca me omiti nem escondi o meu nome para debater com quem quer que seja nas redes e sites. Sua atitude na minha opinião mostra despreparo e falta de profissionalismo, vá desculpando ae mas soou como ridícula pois no final das contas seu nome foi revelado pela própria editora do site Amazônia Real, um veiculo novo e alternativo e sério, conduzido por parceiras do mais alto nível e poderia muito bem ser poupado desse tipo de atitude infantil. Vão me desculpando todos os leitores, uma boa noite, Marcelo
Apesar dos nomes diferentes, todas escritas por uma só pessoa. Reparem que esta pessoa continua tendo acesso privilegiado à informação, poisa garante que “ninguém me quer no Museu do Índio”, etc etc. Afinal, porque não se apresenta?
Karina Mariano sei lá o que: esposa do Ivã Bocchini, conhece a FUNAI e os índios melhor que ele!
Esse senhor é conhecido em várias de suas lotações por ter um excelente discurso sobre os direitos e a causa indígena, mas o menor envolvimento com os trabalhos para o qual o concurso se prestou. É boato na própria Coordenação Regional Madeira que sua frequência, bem como suas atividades administrativas, eram segundo plano, sobrecarregando os demais colegas de uma região já bastante defasada em recursos humanos.
Respondo eu mesmo essa afirmação caluniosa. sempre prestei grande serviço e por isso sou conhecido. Sempre me posicionei contra a hipocrisia, a demagogia, o nepotismo e a fanfarra com o dinheiro público que torna a FUNAI uma das instituições mais corruptas deste país, isto obrigatoriamente me coloca em conflito com dezenas de pessoas inescrupulosas que se favorecem deste cenário.
Mais importante que tais palavras são as dezenas de mapas que já elaborei, muitas vezes utilizado sem fazer menção ao autor. Igualmente valem os resultados do meu trabalho, feito com muita seriedade e poucos recursos, uma vez que a maioria dos recursos da FUNAI são destinados a projetos de qualquer coisa “sustentável”, etc. Não obstante, sofro com a inveja de muita gente que não tem conteúdo e me conhece á distância. Curiosamente, apesar desta fama, acumulo convites de coordenadores da FUNAI sérios interessados em me ter como colaborador.
Esta inveja é acrescida dos belíssimos resultados de meu trabalho, que são bem mais revelantes que a maioria dos projetos uns iguais aos outros que estão disseminados, devorando os recursos da FUNAI brasil afora.
Os estudos de identificação de TIs que elaborei junto aos kaingáng, podem ser avaliados sem receio, pois estão bem feitos, diferentemente da grande imensa de falcatruas que se pode alíe encontrar. O fascículo Nº. 40 do Projeto Nova cartografia Social da Amazonia, bem como a aldeia Multiétnica da Chapada dos veadeiros, e agora o CD Morogitá Tenharim são outros primorosos trabalhos que deixa muita gente com inveja, então parem de pegar no meu pé e vão se juntar ao Márcio Meira, Ivã Bocchini e outros falsos aliados dos indígenas, que que com certeza conseguirão arranjar novos e maiores problemas por aí!
Parabenizo a atitude deste funcionário da FUNAI, que não fugiu a realidade, não tentou ocultar da população ainda indignada a verdade dos fatos e não buscou em nenhum momento transformar as vítimas em culpadas, como tantas pessoas o fizeram nestes longos dois meses de espera e ainda permanente busca de respostas, também não teve intuito de amenizar ou transformar culpados em inocentes. Mostrou-se sensato e também indignado, mas antes de tudo se mostrou humano, e coerente.
Trabalhei em Humaitá e conheci o Luciano Freire que foi assassinado brutalmente e teve seu cadáver ocultado na terra indígena Tenharim. Cheguei a Humaitá e não tinha família na região, a família dele por muitas vezes, para não dizer diariamente, foi meu apoio e minha companhia, visto que a mulher dele cuidava dos meus filhos e ele também por muitas vezes a ajudava nos deveres, quando estava de folga do mercado ou saia mais cedo.
O que isso vem ao caso? Para muitos pode ser nada. Mas para minhas lembranças, destes anos em Humaitá, diz que, pessoas boas podem ser culpadas pelo que não fizeram, bem como ele foi culpado e condenado a morte, por um crime que não ocorreu e, portanto menos ainda ele cometeu e pessoas cruéis podem ficar impunes por crimes cometidos. Não falo diretamente dos indígenas que torturaram e apertaram o gatilho, mas de pessoas que há muito tempo vem torturando nas suas palavras e atitudes e apertando um gatilho imaginário, que acabou ferindo para valer três pais de família, falo de uma tortura chamada incitação, motivada pela falta de ética e clareza das funções a serem desenvolvidas, falta de conhecimento da região, falso romantismo exacerbado que beira a hipocrisia, falo da ausência – presente dos órgãos envolvidos e de tantas outras faltas.
Daqui de fora observo e me pergunto onde será acionado o próximo gatilho. Relembro minha convivência com o Luciano e a família dele, nos churrasco de fim de semana, na ida ao Ipixuna, nos “Kikãos” para o jantar, para ir mais além destes bons momentos e pensar. Que o julgamento e a condenação de inocentes não se repita, com outros brancos e que também não ocorra com representantes inocentes das etnias Jiahui, Pirahã, Tenharim, entre outras etnias, que não seja mais expedidas sentenças como as vivenciadas dolorosamente pelos nossos irmãos Luciano, Stef e Aldeney. Mas falo para que a justiça que será feita, com a mão de Deus, através dos homens, abranja não apenas aos que atuaram diretamente neste brutal ato de violência, mas também aqueles que indiretamente, embora decisivamente por omissões ou palavras contribuíram para esse trágico episódio.
com certeza Vidas e Doutrinas deve conhecer este tal Sandoval. Eu mesma o conheço e ele não é um funcionário exemplar, nem de longe. À exceção do CD que ficou bem legal, apesar de haver em algumas músicas com “violão”, que não é nem um pouco tradicional, este senhor não chegava no horário e quando estava na FUNAI só ficava no facebook, incapaz de concluir nenhum relatório e perdeu até o cargo no setor de patrimônio, porque não conseguia dar conta do serviço. Além disso, foi expulso da última CR na qual trabalhou antes de vir parar em Humaitá. E aí, como você explica isso? Sem contar que suas acusações levianas são devaneios de sua mente perturbada. Você até foi amigo do Ivã, mas depois que perdeu pra ele o cargo de chefe do monitoramento, por incompetência sua e mérito dele, vem sistematicamente atacando-o. As pessoas que são comprometidas com a causa indígena já estão em defesa dele, http://www.iieb.org.br/index.php/notcias/logica-do-bode-expiatorio-na-batalha-de-humaita/ e você planta na imprensa um monte de mentiras. Você é amigo do maior dos inimigos dos Tenharin, o ex- vereador Carlos Terrinha. Você não faz bem pra FUNAI, não faz bem pra índio nenhum, os tenharin pediram em reunião para você ser mandado embora. Ninguém te quer no Museu do Índio!!!!
Prezada Karina,
como anunciamos nesta reportagem, o senhor Ivã Bocchini foi procurado desde o primeiro momento dos conflitos em Humaitá (AM). Mas, ele não quis falar para nossa reportagem.
Fizemos uma outra solicitação de entrevista através da Funai e da servidora da CR Madeira, Marina Villarinho.
Não fomos atendidos.
O debate é sem dúvida o melhor caminho para o leitor entender o conflito do sul do Amazonas.
Mas, devido a falta de estrutura da plataforma do site para publicar as respostas dos leitores, encerramos aqui esse debate.
Att,
Kátia Brasil
Editora Executiva
Amazônia Real
Sugestões de reportagens podem ser enviadas para [email protected]
Este senhor também é conhecido pelo trabalho sério e frutífero junto aos indígenas. Este senhor, que alguns julgam sem nem sequer se identificar, lida com os diversos “micróbios” que se dizem a favor dos direitos indígenas, mas que na verdade, querem apenas fama e sucesso tratando os índios como rebanho se passando por amigos, quando lhes trazem apenas desconsideração até nos lugares mais tranquilos e pacatas que se possa existir. O mesmo é um pai de família que teve que se ausentar diversas vezes dos compromissos familiares se dedicando a organização de eventos com os índios, levando-os para falar com autoridades locais, divulgar sua festa em rádio comunitária, que já teve que sair de casa de madrugada para ir até a FUNAI apanhar documento de índio que precisava sair às pressas, por questão de saúde, para a cidade vizinha. Este também já teve que agilizar busca a índio afogado em pleno domingo (de férias), também já teve que pagar do próprio bolso alimentação de mais de R$ 200.00 para índios, quando a FUNAI, aliada a ONG local, lhe prometeu o reembolso e jamais pagou. Por fim, que já teve que sair da sua própria casa com mulher e filho para não pagar pela irresponsabilidade de seus superiores. Se pra você tudo isto, e mais outras coisas que todos podem saber no seu currículo Lattes, não tem importância, me atrevo a dizer que és mais um DESUMANO que quer mostrar serviço a qualquer custo. E mais, o mesmo é famoso por várias lotações justamente por se posicionar contra os vários tipos de “jeitinhos” que pessoas IRRESPONSÁVEIS dão para “mostrar serviço”, com desmerecimento aos servidores e demais que não são “amigos do rei”. E mais, trata e recebe com respeito os índios em sua casa, quando muitos lhes destratam com palavras de baixo calão até em suas aldeias. Este Sandoval tem o respeito de muitos índios e pessoas SÉRIAS e mais, não esconde sua cara quando quer fazer críticas. Grata, Janayara.
Me desculpe, mas a maneira mesma como ele age dentro da instituição é um “jeitinho”. Ele confunde política indigenista com trabalhos de ongs. Se a responsabilidade com a legalidade e compromissos dela oriundos, como o horário de trabalho, atividades delegadas como a responsabilidade com o patrimônio da CR Madeira foram negligenciadas, realmente fica bastante demagógico, inclusive, falar de qualquer tipo de responsabilidade.
Enquanto servidor, existem obrigações que devem ser cumpridas. Básicas. O exemplo delas foi o setor de patrimônio, abandonado, e a frequêcia e horários negligenciados. Repito que isso não significa que o funcionário da funai não deve criticar o modelo de política indigenista. Mas é preciso ser realista e ético: se o seu ofício é apenas o de criticar o indigenismo e não quer assumir atividades administrativas inerentes ao cargo, isso significa que a pessoa não tem o perfil para trabalhar no governo, mas em ONGs que tem outro tipo de abordagem. Nada contra. Pode ser um trabalho tão digno quanto. Mas é um trabalho totalmente distinto. E a responsabilidade como cidadão?
Não defendo o Iva Bocchini. Ao contrário, o acuso. Mas é curiosíssimo que dentro de todas as acusações que o Sandoval faz ao coordenador, nenhuma delas é sobre às vistas grossas que o coordenador fazia ao descumprimento da frequência. É uma questão menor diante do preconceito racial sofrido pelos indígenas e a má gestão da funai? Sim. Mas é também um bom indicador do nível de honestidade do discurso. Observem como o Sandoval se pinta como um herói perfeito e todos os outros como vilões. Esse tipo de abordagem maniqueísta já não cai bem nem em filmes da Disney.
Lamento por tudo o que fez com que Sandoval Amparo deixasse Humaitá. Será uma grande perda para a FUNAI e para os próprios Tenharins. Duvido que alguém não se dê conta do quanto este rapaz era sério, pelo pouco que descrever aqui sobre o seu trabalho junto aos Tenharins. Lamento mais ainda que haja quem o subestime para exaltar outros que muito pouco contribuíram com os índios da região, cuja maior marca de suas passagens por aqui está marcada pelo ódio que foi alimentado aos índios, cuja resposta estes não estavam preparados ara dar e acabaram por sucumbir aos desígnios traçados por uma gente que, incólumes e alheias a tudo o que o Sandoval bem o descreve, ainda não deu seu trabalho de instigação ao conflito étnico por acabado. Ameaçam ir mais longe. Os poucos sandovais que tínhamos por aqui foram todos expulsos, da forma como ele bem o descreve em sua entrevista. Uma lastima!