Mulheres extrativistas se unem por justiça e direito à terra

Mulheres extrativistas da Amazônia se reunem na COP30 para denunciar a violência no campo, defender o direito à terra e cobrar justiça climática.

Na imagem, da esquerda para a direita: Luzenira Carvalho Vasconcelos, extrativista e agricultora da Vila do Amorim, Resex Tapajós-Arapiuns (PA), e Irene Domingas Silva, da Cooperativa de Agricultura Familiar de Mojuí (PA)(Fotos: Juliana Pesqueira/Amazônia Real/2025).
Amazonia Real Por Nicoly Ambrosio Publicado em: 11/11/2025 às 16:22
Citações
“Quando as mulheres da base vêm para cá e somam com a gente, a gente ganha força de 80%. A maior preocupação minha é trazer as mulheres da base, porque é lá que nasce tudo, a raiz vem de lá” - Maria Nice Machado

“As mulheres do Brasil decidiram buscar trabalhar essa valorização para nós como mulheres e defender a floresta. E cada encontro que a gente participa com essa busca é importante, porque a cada passo que a gente dá, a gente está colocando as nossas necessidades. O evento de hoje é muito importante, mais do que os outros, por causa da situação em que ele está sendo realizado. Além da COP estar aqui no Brasil, está aqui na Amazônia” - Maria do Socorro Teixeira
“Nós viemos aqui neste encontro trazer também os nossos conhecimentos e buscar mais conhecimento, porque a gente veio reivindicar o clima, a saúde, a educação e outras pautas” -
Luzenira Carvalho Vasconcelos

“O que eu espero hoje desse encontro das mulheres extrativistas, é que cada uma que esteja aqui saia com o compromisso de levar o que ouviu e transmitir para as outras mulheres, e também explicar para os nossos homens qual é a importância de uma mulher fazer parte de um evento desse. Porque, se nós ouvirmos o que vamos ouvir e ficar só para nós, é como se não tivéssemos vindo. Nós temos que dividir, multiplicar a força e a vontade que a mulher tem” - Irene Domingas Silva
Local de Cobertura
Nicoly
Nicoly Ambrosio

É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+ do Norte. Em seu trabalho fotográfico, utiliza suportes analógicos, digitais e experimentais para registrar cenas da Amazônia urbana e de manifestações artísticas de rua marginalizadas, como a pixação e o graffiti. Desde 2018, participa de exposições de arte independentes e coletivas em Manaus. Já expôs trabalhos fotográficos no 10º Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e na Galeria do Largo – Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). Recebeu o 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020), o Prêmio Sebrae de Jornalismo – AM na categoria Texto (2024) e o Prêmio Megafone de Ativismo na categoria Reportagem de Mídia Independente (2025). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.

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