O Desmatamento da Amazônia Brasileira: 6 – Commodities e governança

Compreender as causas do declínio das taxas de desmatamento entre 2005 e 2012 é essencial para as lições de política que podem ser extraídas dessa experiência [1,2]. O governo brasileiro repetiu inúmeras vezes que essa queda é resultado da ação […]

Sinop, Mato Grosso, 19 01 2010 - Macaco em plantação de soja. A série "Uma certa Amazônia" realizada durante a primeira década do século 21, quando os eventos extremos de cheia e vazante na Amazônia revelaram que algo de muito errado está acontecendo com o clima do planeta. Mudanças cada vez mais drásticas no regime das águas da bacia dos rios Negro e Solimões provocaram impactos como a fome, sede, doenças e mortandade de animais. O cotidiano das populações tradicionais e a paisagem amazônica mudaram definitivamente. Uma situação de extremos, onde as vazantes estão, a cada ano, se transformando em catástrofes e as cheias mostrando-se cada vez mais trágicas. Este cenário que a cada vez mais perde áreas de florestas para o agronégocio, principalmente as plantações de soja e milho, assim como a criação de gado, além da pressão sofrida pela industria madereira em áreas de preservação permanente e também em terras indígenas, além da exploração mineral e a ameaça pelas grandes obras de infra-estrutura do governo brasileiro fazem da Amazônia um dos ecossistemas mais frágeis perante a ação do homem.
Amazonia Real Por Philip Martin Fearnside Publicado em: 09/11/2020 às 16:34
Philip
Philip Martin Fearnside

É doutor pelo Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade de Michigan (EUA) e pesquisador titular do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus (AM), onde vive desde 1978. É membro da Academia Brasileira de Ciências. Recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), em 2007. Tem mais de 600 publicações científicas e mais de 500 textos de divulgação de sua autoria que podem ser acessados aqui. https://philip.inpa.gov.br

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