Uma fotografia ainda pode mudar a história?
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Olá Alberto,
Excelente matéria, parabéns. Gostaria de saber se sabes o contato do fotógrafo Luiz Manoel Vasconcelos atual. No Face e no Instagram não consegui contactá-lo.
Seguirei acompanhando seu trabalho também,
Grata,
Cris
Parece mentira, imagens de agora parecem com o ano zero da era cristã. E há quem diga que evoluímos. A maioria está tomando consciência, mas ainda tem muitos soldados romanos, cruéis assassinos encarnados.. Quando tudo isso vai passar? Pq demoram tanto a entender que tudo será de todos, pq TODOS SOMOS UM!?
Uma pessoa não deveria ganhar um prêmio por uma foto que mostra uma mãe com um bebê no colo passando por um momento de aflição tão grande ao ser espulsa de sua própria terra para satisfazer interesses políticos. Quem era aquela mãe, qual o nome dela, e o da criança que estava no seu colo, o que ela defendia encarando uma tropa de choque??????? Me responda se souber, e o fato em si que levou a uma cena tão perfeita para se ganhar um prêmio por uma foto. Me ajuda aí.
Osvaldo, os dilemas éticos são uma constante no fotojornalismo. Há fotógrafos que diante certas cenas prefiram não fazer o registro, pois o que mais importa não é o que está no quadro, mas sim no entorno dela. O que envolve cada situação. O caso dessa senhora, citei o nome dela no artigo: Valda Ferreira de Souza, indígena Sateré-Mawé, tinha 22 anos em 2008. Acho importante ter sido premiada, por ter dado visibilidade para essas pessoas. O que sei é que o próprio fotógrafo acabou ajudando dona Valda, financeiramente na época dos prêmios. Importante mostrar a covardia da Força. Eu particularmente, fiz um registro nestas condições 10 anos anos com uma senhora não indígena, Dona Helena, ganhei alguns prêmios com esta imagem, mas que me proporcionaram a conhecer pessoas, lugares e instituições que ajudaram a mudar minha visão de mundo e forma de ver as coisa e entender a profissão. Mudou o meu foco e modo de trabalho, que a partir de então foi ficando voltado para as questões de violações de direitos humanos e de questões socioambientais.
Realmente…uma foto pode valer mais que mil palavras.
Temor , tenho quando escutamos um E Daí. Sobre um fato relevante, que poderia levar a uma comoção mas é desestimulada.
Impressionante como uma imagem vale mesmo mil palavras
A foto da criança sendo vigiada ao longe por um abutre, para mim, é a mais chocante. Nos faz repensar todos os dias como somos egoístas, insensíveis com a dor humana e cruéis.
A legenda da foto 04 está incorreta essa foto foi tirada em Washington D.C. em 1967 durante uma manifestação contra a guerra do Vietnam. Na Revolução dos Cravos os soldados estavam ao lado do povo.
Obrigada, Aloisio pela leitura atenta. Fizemos a correção da legenda.
Que texto maravilhoso!
De todas as “imagens desestabilizadoras” – embora não concorde muito com esse termo, pois no meu modesto entendimento deveria ser “imagens de despertar” – ainda é a do jovem chinês tentando evitar a passagem de um tanque de guerra que, por sua vez, tenta desviar do jovem, naquele fatídico evento conhecido como o “Massacre da Praça da Paz Celestial”, a mais simbólica de cidadão versus opressão.