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Povos Indígenas

Waimiri-Atroari sobreviventes de genocídio relatam ataques durante obra da BR-174

Amazonia Real Por Elaíze Farias Publicado em: 06/03/2019 às 11:04
Elaíze
Elaíze Farias

Cofundadora da Agência Amazônia Real e editora de conteúdo. É referência em reportagens sobre povos originários, populações tradicionais, denúncias de violações de direitos territoriais e direitos humanos, violências socioambientais e impactos de grandes obras na natureza e nas populações amazônicas. Entre as premiações recebidas, está o Prêmio Imprensa Embratel. Em 2021, foi homenageada no 16º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), junto com Kátia Brasil, também fundadora da Amazônia Real. Em 2022, recebeu o Prêmio Especial Vladimir Herzog. É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

2 Comentários

  1. Paulo Vitor Borges disse:

    A narrativa que busca descredibilizar a causa e a vida indigena, está ancorada nos primordios da invasão portuguesa ao Brasil. Para uma pessoa leiga, que não se atem ao período histórico no qual se passa o genocideo dos Waimiri Atroari, talvéz fique a sensação de que o exécito esteja de fato sendo caliuniado. Não obstante, fora das aldeias indigenas, a Ditadura militar matou, e matou muito. Homens, mulheres, inclusive gestantes foram torturados com requintes crueldade. Alguns corpos jamais foram encontrados. Acredito nos indigenas, não por ativismo ou por mera simpatia, mas pela conjuntura do período e toda sua complexidade!

  2. Hiram Reis e Silva disse:

    Circo de Horrores – 27.02.2019
    Os Waimiri-Atroari – Parte VIII

    Hiram Reis e Silva, Florianópolis, SC, 11.03.2019

    Pela linguagem do corpo, você diz muitas coisas aos outros. E eles têm muitas coisas a dizer para você. Também nosso corpo é antes de tudo um centro de informações para nós mesmos. É uma linguagem que não mente […]
    (O Corpo Fala – Pierre Weil e Roland Tompakow)

    Fui convidado, pelo Gabinete do Comandante do Exército, a integrar, como “Assistente Técnico”, a equipe da Assessoria Jurídica do Comando Militar da Amazônia (CMA) em defesa da União contra uma ação movida pelo Ministério Público Federal que acusa as Forças Armadas de massacre do povo Waimiri-Atroari. Mais uma pantomima orquestrada pelos órfãos do muro de Berlim, que não se preocupam em onerar os cofres públicos desnecessariamente, uma denúncia carregada de um viés puramente ideológico, baseado no testemu¬nho de indivíduos inidôneos sem que sejam apresen¬tadas quaisquer tipos de provas contundentes. Um apa¬rato enorme deslocou-se para a área da Associação Co¬munidade Waimiri-Atroari (ACWA), à margem direita do Rio Alalau, já em Roraima, e antiga sede da Frente de Atração (FAWA), que na minha época (1982/83) era coordenada pelo Padre Giuseppe Cravero. Na mídia ali representada estava presente o jornalista Rubens Valente sua “trupe”, do pasquim Folha de São Paulo, o recordista nacional em “Fake News” no Brasil e no exterior ( ).

    Rubens Valente é autor de “Os Fuzis e as Flechas – História de Sangue e Resistência Indígena” e jornalista da Folha de São Paulo, desde 2000, um re-presentante da mídia totalmente “isento” para reportar os fatos. Antes do início dos trabalhos consegui fazer contato com o Viana, antigo Capitão da Aldeia Terra-plenagem, para entregar-lhe algumas fotos dele, sua esposa Kátia e sua filhinha recém-nascida – Ângela, nos idos de 1982. O Viana, muito meu amigo, agra-deceu emocionado e demonstrou um certo constran-gimento por tudo que estava acontecendo.
    Cronologia Reversa

    Minha filha Danielle, nascida no dia 08.01.1982, era mais velha uns sete meses do que a Ângela, e aparecia, em uma das fotos, ao lado da Kátia e da Ângela e perguntei ao Viana quando sua filhinha tinha nascido e ele afirmou categoricamente que tinha sido em julho de 1981. A dificuldade em estabelecer marcos temporais dentro de um contexto histórico sempre foi uma característica bastante marcante entre os WA.

    Tradutores (???)

    A maioria dos “informantes” solicitou o apoio dos intérpretes para que lhes traduzissem as perguntas feitas pelos advogados e sua repostas. É interessante verificar que o Elsa, agora conhecido por “Elso” (masculinizou-se o vocábulo, contrariando todos os registros anteriores em que outros líderes, bem mais antigos, ostentavam o mesmo nome), fizera uso dos tradutores. Há 37 anos, o Elsa permaneceu durante uma semana na sede da 1ª Cia de E Cnst, no Abonarí, até o nascimento de sua filha Sônia, onde conversava animadamente com militares e funcionários. Outro dos informantes, de camiseta azul, que havia respondido, sistematicamente, às perguntas, antes mesmo que se fizesse a devida tradução, sentou-se atrás de mim, depois de sua oitiva, e me narrou com detalhes os problemas de saúde enfrentados pelo do Presidente da Associação Waimiri-Atroari ‒ Mário Parwe, depois de um acidente automobilístico. Procurei o Mário e convidei-o para conversar do lado de fora da maloca, e ele me confidenciou que sentia muita dor de cabeça e tinha o abdômen inchado mas que tinha receio de procurar os médicos com medo de que precisasse se submeter a alguma cirurgia.

    Contei-lhe de meu acidente, em 1985, no Rio de Janeiro e das onze cirurgias reparadoras a que tive de me submeter, abri a camisa e mostrei-lhe a enorme cicatriz da laparotomia a que tinha me submetido. Deixei meu telefone com ele, caso mudasse de ideia tenho certeza que nossos médicos militares poderiam atende-lo. O Mário, visivelmente emocionado, e dois jovens WA que o cercavam, quase às lágrimas, agra¬deceram-me. Tenho quase certeza de que os militantes esquerdistas farão de tudo para que ele não aceite minha oferta, mesmo que isso venha a comprometer seriamente sua saúde.

    Lógica Absurda

    O termo “Kamña” é utilizado pelos Waimiri-Atroari para designar os não índios e “Kiña” que significa “a nossa gente”, ou seja, o povo Waimiri-Atroari. Um dos “informantes” relata que chegou a uma das Aldeias, à noite, onde todos os “Kiña” estavam mortos e que conseguiu esfaquear um dos “Kamña” quando um deles tentou entrar na maloca e, pasmem, todos os demais “Kamña” fugiram ao verificar que um dos seus tinha sido ferido. Noutra declaração o Viana e outro “informante” entram em contradição ao afirmar que ao chegar em uma das Aldeias, atacadas pelos “Kamña”, e encontrar todos mortos, Bornaldo assegura que foi amparado pelo tio, ao mesmo tempo que o Viana garante que ele chegou sozinho até a Aldeia onde o outro “informante” já se encontrava. É interessante que alguns dos “informantes” garantem que helicóp¬teros fizeram uso de agentes químicos contra duas malocas e que simultaneamente uma tropa a pé invadiu as aldeias para eliminar os sobreviventes, sem levar em conta o efeito residual que o produto usado como arma química provocaria em seus organismos. No Vietnã, onde o agente laranja foi empregado, o efeito residual do produto usado como arma química só se extinguiu em 40 anos. Os esporos do antraz, por exem¬plo, podem apresentar uma sobrevida de até duzentos anos. Nenhuma dos “informantes” afirmou, porém, que a tropa terrestre usava máscaras protetoras de qual¬quer espécie.

    Agentes QBRN

    A doutrina militar das Forças Armadas não prevê a fabricação ou uso ofensivo de Agentes Químicos, Bacteriológicos, Radiológicos ou Nucleares. O Sistema de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN) no âmbito das Forças Armadas é defensivo e faz parte de uma política nacional de prevenção, con¬tenção e medidas contra armas químicas e biológicas. É necessário e urgente aumentarmos ainda mais a nossa capacidade de prevenção, contenção e medidas contra essas armas não só pelas Forças Armadas, mas tam¬bém adestrar e equipar os agentes de saúde e de segu¬rança pública, nas indústrias químicas e farmacêuticas e em institutos de pesquisas nacionais criando assim uma ampla rede de vigilância epidemiológica.

    Armas Químicas e Biológicas
    (Ministério das Relações exteriores)

    O Brasil faz parte da Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas [CPAQ], que proíbe o desenvol-vimento, a produção, a aquisição, a estocagem, a retenção, a transferência e o uso desse tipo de armamento. A Convenção tem contribuído para livrar o mundo de armas químicas e é considerada um modelo a ser seguido na área de desarmamento e não proliferação, em particular na área nuclear.
    O órgão criado para velar pela implementação da CPAQ é a Organização para a Proibição de Armas Químicas [OPAQ]. Em sua atuação nesse órgão, o Brasil atribui prioridade à destruição completa dos arsenais químicos ainda existentes. Detentor da sétima maior indústria química mundial, o Brasil avalia que os controles na área de desarmamento químico não devem gerar obstáculos adicionais para o progresso técnico e científico dos países em desen¬volvimento.A Convenção sobre a Proibição de Armas Biológicas e Toxínicas (CPAB) foi o primeiro tratado multilateral a banir a produção e o uso de uma categoria completa de armamentos. Ratificada pelo Brasil em 1976, a CPAB proíbe o desenvolvimento, a produção, a estocagem, a transferência, a aquisição e o uso de armas biológicas e toxínicas, bem como determina a destruição de estoques existentes. A CPAB não prevê medidas de verificação do seu cumprimento pelos Estados-partes.
    O Brasil defende a criação de um mecanismo de veri¬ficação do cumprimento da Convenção, mas ainda não foi possível atingir consenso internacional sobre esse assunto.

    O poder letal desses agentes químicos deixaram um rastro de horrores e destruição, que jamais serão esquecidos, na história da humanidade:

    1. 1ª Guerra Mundial (1914/19)

    A Primeira Guerra Mundial foi a primeira a introduzir agentes químicos no combate. Em 1915, os alemães, em Ypres (Bélgica) usaram gás clorídrico contra as tropas aliadas e a partir de então o uso destas armas propagou-se no campo de batalha. Surgiram então, outros agentes como fosgênio, cianeto e gás mostarda. O mundo estarrecido com efeito destes produtos, assinou, em 1925, o Protocolo de Genebra (15 países signatários), que proibia o emprego de armas químicas e bacteriológicas.

    2. Alemanha Nazista (1933/45)

    Adolf Hitler exterminou seis milhões de judeus nas câmaras de gás empregando um pesticida a base de ácido cianídrico, cloro e nitrogênio (Zyklon B).

    3. Massacre de Halabja (1988)

    No final da Guerra Irã-Iraque, Saddam Hussein utilizou armas químicas em Halabja, no Curdistão Iraquiano para remover curdos de diversas aldeias no norte do Iraque, episódio que ficou conhecido como “Sexta-feira Sangrenta” (16.05.1988). Neste ataque foi utilizado gás mostarda e sarin. O massacre provocou a criação da Convenção das Armas Químicas das Nações Unidas, em 1997, um pacto internacional banindo a produção, estoque ou uso de armas químicas. Hussein ainda utilizou gás mostarda e sarin contra o Irã, matando mais de 20.000 pessoas, para obrigar o Irã, a negociar.

    4. Crise dos Reféns em Dubrovka (2002)

    Na noite do dia 23.10.2002, cerca de 800 pessoas assistiam um musical em um teatro em Dubrovka (Moscou), quando. de repente, militantes chechenos fizeram todos os presentes reféns. Após 48 horas de negociação, os russos lançaram um gás tóxico no sistema de ventilação do teatro matando quase todos os militantes e mais de 100 reféns.

    5. Ataque Químico de Ghouta (2013)

    No dia 21.08.2013, um ataque do governo sírio, com sarin, durante a Guerra Civil resultou em mais de 1.500 mortes.

    É interessante verificar que os organismos inter-nacionais não citam, em nenhum de seus relatórios, o suposto massacre com armas químicas dos 2.650 Waimiri-Atroari.

    Inversão Cronológica
    Até a audiência nas Terras do WA os militantes da famigerada “Comissão da ‘In’Verdade” nos acusavam de ter promovido o extermínio do povo Waimiri-Atroari a partir de março de 1975, após os massacre promovidos pelos “Kiña” nos idos de 1968, 1973 e 1974, apresentando uma série de testemunhas inidôneas e fictícias. Agora numa esdrúxula metamor-fose cronológica os “Kiña” afirmam terem promovidos os referidos massacres como uma ação de resistência às pseudos-atrocidades patrocinadas pelo Estado Brasileiro ao seu povo.

    Os “informantes” iniciaram suas locuções men-tindo ao afirmar que não dominavam a língua portu-guesa e continuaram cometendo perjúrio ao apresentar uma novela ficcional, mal engendrada, cheia de contra¬dições e sem provas materiais que a sustentassem.

    O Corpo Fala

    Outra coisa que chama a atenção em cada um dos depoimentos é a falta total de manifestação emotiva por parte de todos os “informantes” quando estes relatavam a morte violenta de seus familiares. Imediatamente lembrei-me de uma série americana chamada “Lie To Me” (Engana-me se Puder) que estre-ou na FOX, em 21.01.2009. Nela o Dr. Cal Lightman (Tim Roth), coadjuvado pela Dr. Gillian Foster (Kelli Williams), detectam mentiras, observando a linguagem corporal e as micro expressões faciais, usando esse talento para colaborar com a lei. O personagem Dr. Cal Lightman é baseado no psicólogo americano Paul Ekman, pioneiro no estudo das emoções e expressões faciais, que foi considerado um dos 100 mais notáveis psicólogos do século XX. Não é preciso ser um espe-cialista na leitura da linguagem corporal e expressões faciais para verificar que as “estórias” de cada um dos informantes tinham sido previamente elaboradas, deco¬radas e contavam agora com o apoio e orientação dos “tradutores”.

    Falsa Acusação de uso de Napalm

    A Revista do “Instituto Humanitas Unisinos” (IHU On-Line) entrevistou, no dia 20.04.2012, o farsante Egydio Schwade que distorce os fatos a seu bel prazer de maneira a transformá-los em factoides que apoiem suas pérfidas teorias:

    IHU On-Line – Qual era o posicionamento da FUNAI nessa época? Havia dissidência no órgão?

    Egydio Schwade – […] Na época, eu era secretário executivo do Conselho Indigenista Missionário Nacional – CIMI e nós pedimos, numa das primeiras assembleias na Amazônia, realizada em Belém, em 1975, que o governo suspendesse imediatamente a construção da BR-174 para que houvesse contato pacífico com os índios. […]

    A notícia que se tem é de que muitos indígenas foram mortos, uns com napalm, outros eletrocu-tados, ainda outros com armas de fogo. E a FUNAI não só sabia da violência dos militares contra os índios, mas até participou de reunião com o 6° Batalhão de Engenharia de Construção – BEC onde foi decidido o uso de armas de fogo, dinamite, metralhadoras e de granadas.

    Os primeiros lança-chamas foram empregados na 1ª Guerra Mundial, mas como eram pouco eficientes, foram sendo aperfeiçoados pelo “US Chemical Warfare Service”, Centro de Guerra Química dos Estados Unidos da América – EUA. Nos idos 1941, Louis Fieser, da Universidade de Harvard, liderou uma equipe de pesquisadores que desenvolveram o napalm, que, mais tarde, foi amplamente utilizado na Guerra do Vietnã (01.11.1955 a 30.04.1975). No período de 1963 a 1973, foram lançadas 388.000 toneladas de napalm sobre o Vietnã, dez vezes a quantidade de napalm usado na Coréia e quase vinte vezes do que foi empregado no Pacífico. Inicialmente foi empregada nos lança-chamas pelos aliados para neutralizar bunkers e trincheiras, consumindo o oxigênio e provocando a asfixia. Mais tarde, os bombardeiros lançavam bombas de napalm, que provaram ser muito mais destrutivas do que os lança-chamas.

    Apenas uma bomba de napalm era capaz de incendiar uma área de 2.000 m2, gerando temperaturas de 800° a 1.200° Celsius. Depois da Guerra do Vietnã, o Napalm foi empregado apenas no Saara Ocidental (1975/91, pelas forças marro¬quinas), no Irã (1980/88), no Iraque (1980/88 e em 1991), em Angola (1993), na Argentina (1982) e na Iugoslávia (1991/96).

    Nunca, em tempo algum, este tipo de bomba foi utilizada pelas Forças Armadas Brasileiras. A foto (Imagem 61) que representaria um ataque deste tipo à uma Maloca dos WA, serviria de motivo de chacota perante qualquer grupo de peritos em armamento. Embora alguns extremistas afirmem que estas bombas já tinham sido usadas pelo Exército Brasileiro, durante na Guerrilha do Araguaia, não existe nenhuma prova física que comprove tal fato.
    Napalm Lançado por Helicópteros UH-1H

    Os versáteis helicópteros UH-1H Iroquois foram utilizados, pela primeira vez, no Vietnã, alterando defi-nitivamente a doutrina de emprego destas aeronaves. Embora sua nomenclatura oficial seja de UH-1, de “helicóptero utilitário”, as novas versões de ataque e transporte consagrariam seu codinome de “Huey”. Os UH-1H participaram, no Brasil, das mais diversas mis-sões, tais como, infiltração e exfiltração de patrulhas, evacuação de feridos, transporte de material, mapea-mento nos programas RADAM e DINCART, vacinação de indígenas na Amazônia, apoio em catástrofes naturais, demarcação de fronteiras, transporte de urnas elei¬torais… O UH-1H jamais foi empregado como lançador de bombas tipo napalm nem no Brasil, nem em qual¬quer outro lugar do mundo. A ligação dos helicópteros com o napalm se deve ao fato de que bombas incen¬diárias lançadas por aeronaves de asa fixa, na Guerra do Vietnã, tinham como objetivo a rápida abertura de clareiras para a aterrissagem de helicópteros. Por sua versatilidade de emprego os Huey participaram dos principais confrontos contemporâneos. Além dos EUA, ainda é operado em países como Nova Zelândia, Co¬lômbia, Bolívia, Canadá, Austrália, México, Espanha, Chile e também no Brasil. A autonomia do UH-1H é de 507 km e a distância de Manaus-Rio Alalau-Manaus 560 km, inviabilizando qualquer tipo de operação na área.

    Encerramento dos Trabalhos

    Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
    (Código Penal alterado pela Lei nº 10.028, de 2000)
    Como estava previsto, toda aquela ridícula pantomina foi encerrada na hora aprazada – 16h00, apesar dos protestos dos advogados do Ministério Público Federal que se comportaram, durante todo o evento, mais como ativistas políticos do que defensores da justiça.

    Ao sair da maloca, fui abordado por um jorna-lista, que citando meu posto e nome completo, indagou se eu estaria disposto a conceder-lhe uma entrevista. Acho que ele tinha percebido que eu conhecia os líderes Waimiri-Atroari e desfrutava de sua amizade. Sem vacilar respondi que sim, e perante a Câmera me identifiquei, e disse o quanto me magoava estar assis¬tindo aquele Teatro de Horrores engendrado pela “Comissão da ‘In’Verdade” e seus acólitos com o fim precípuo de acusar o Exército Brasileiro de ser um dos patrocinadores do processo de extermínio do “Kiña”. Sabia que, mais uma vez, a imprensa não levaria mi¬nha opinião às telas na sua totalidade tendo em vista que minhas declarações não estavam em sintonia com a do repórter que me entrevistava.

    Link SBT: https://youtu.be/2WbhmpFCHS0

    Lembrei-me de um fato semelhante, no final de agosto de 2018, quando um repórter da Rede Amazô-nica, por ocasião dos preparativos de minha descida do Rio Tacutu, de Bonfim (RR) a Boa Vista (RR), antes de encerrar a entrevista resolveu, totalmente fora do contexto, me perguntar em quem iria votar e eu lhe respondi, sem excitar que ia votar no meus amigos, referindo-me ao meu colega de turma do Colégio Militar de Porto Alegre e Academia Militar das Agulhas Negras – General Mourão e no Presidente Bolsonaro.

    O repórter, desconcertado, disse que não era essa a resposta que ele esperava, ao que eu lhe respondi que:

    ‒ Essa era minha resposta.

    Logicamente a entrevista foi censurada pelos “democratas de plantão” e não foi ao ar no dia seguinte.

    Conclusão

    Onde estão os restos mortais destes supostos massacres? Que helicópteros são esses capazes de tal autonomia? Que tropa biônica foi essa capaz de entrar em uma aldeia contaminada por armas químicas sem usar máscaras?…

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