“Enquanto a Amazônia for vista apenas como paisagem para consumo simbólico do Brasil urbano do Sul e do Sudeste, continuará a ser distorcida, enquadrada em um imaginário externo que pouco a compreende”, diz Ismael Machado.
A Amazônia como cenário e não como sujeito


Ismael Machado é jornalista, roteirista e cineasta. Já trabalhou como correspondente dos jornais ‘O Globo’ e ‘Jornal do Brasil’ na região Norte e como colaborador da Folha de São Paulo. Foi repórter especial do jornal Diário do Pará. É autor dos livros ‘Golpe, Contragolpes e Guerrilhas: O Pará e a ditadura militar’ (2014), vencedor do Prêmio IAP de Literatura 2013, na categoria Livro-Reportagem e a biografia ‘Paulo Fonteles-Sem Ponto Final’. Já obteve doze prêmios em jornalismo, inclusive duas vezes os prêmios Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos em Jornalismo. Fez roteiro e direção do curta Amador, Zélia, vencedor do Edital Lei Aldir Blanc 2021. Fez roteiro, produção executiva e direção do documentário ‘Na Fronteira do Fim do Mundo’, pela produtora Floresta Urbana (PA), 2021 (Seleção oficial ‘Montreal Independent Film Festival’ 2022). Roteirista e diretor do longa de ficção ‘Flashdance TF’, selecionado no edital Novos Realizadores 2022. Autor de oito livros publicados.
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Ismael, seu artigo é excelente e toca em pontos muito importantes. Minha pesquisa sobre o Nordeste tem muito a ver com o que você diz sobre a Amazônia. É frustrante ver como ambas as regiões são representadas por estereótipos.
É como você diz: podem e devem existir olhares diversos sobre as regiões, mas quando esse olhar vem carregado de clichês e deixa o lugar como um mero pano de fundo, não faz sentido assistir a mais uma narrativa pelos olhos de quem é de fora, sem aprofundar em nada relevante sobre a região.