Povos Indígenas
“Bolsonaro está armando pessoas no campo contra nós”, diz Megaron Txucarramãe
Em entrevista exclusiva, liderança Kayapó denuncia como os políticos estão se organizando para remover direitos indígenas e que a violência no campo vai aumentar (Foto: Juliana Pesqueira) Contaram os irmãos Villas-Bôas que Kayapó era uma designação cabocla, dada principalmente pelos […]
Citações
"Está difícil eles aceitarem acordos, conversarem, negociarem com os índios. Está difícil. Jogaram bomba de gás, jogaram spray de pimenta, machucaram dois índios e dois policiais. A gente vai ver a violência agora no campo. Isso vai se refletir lá no campo. Bolsonaro está armando pessoas no campo contra nós, pessoas compram armas, munição; enquanto nós não temos armas. Nós não compramos armas. Se é assim, vamos ter que comprar armas também?", diz Megaron Txucarramãe
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Tenho certeza que o cidadão brasileiro deseja ver a agropecuária crescer como todo segmento econômico, mas desde que não agrida o meio ambiente e que garanta a manutenção dos rios, riachos, lagos fluindo normalmente, sem poluição e por nenhum outro fator degradativo mas que protejam toda riqueza hídrica que temos disponível bem como a vegetação. Que sobretudo as terras indígenas demarcadas sejam protegidas sob qualquer pretexto de invasão dessas áreas demarcadas. Que tenham os seus direitos constitucionais amparados e protegidos e que a PL-490/2007, já aprovada pela CCJ com a votação majoritária dos bolsonaristas, que visa alterar os artigos 231 e 232 da constituição, jamais seja aprovada. Esperamos que na votação do congresso esse projeto de lei espúrio não tenha respaldo no legislativo e nem no judiciário, caso chegue até à Suprema Corte.
Temos um país imenso com baixa densidade demográfica e com milhões de quilômetros quadrados de terras ociosas que podem muito bem serem utilizadas para o investimento de qualquer ramo de negócio.
Sabemos que o grande interesse de fazendeiros, grileiros e garimpeiros é de se aventurarem na busca de riqueza fácil extraída dessa terras públicas e das reservas indígenas.
As consequências já sabemos, serão a derrubada de milhões de hectares de terras vírgens para obtenção do lucro com a madeira, apropriação indébita dessas áreas e favorecer a especulação imobiliária, a destruição dos mananciais e contaminação dos rios pela garimpagem cujos minerais não produzem duas safras.
Para de culpa quem não está lá. .