Meio Ambiente

Lideranças de Barcarena contestam valor de multa da Hydro

Amazonia Real Por Nicoly Ambrosio Publicado em: 22/07/2024 às 17:01

DOE PARA A AMAZÔNIA REAL

Sua contribuição fortalecerá o jornalismo investigativo, feito com independência e liberdade editorial, que visibiliza as populações silenciadas.

Citações
“Não é significativo para nós porque a contaminação está no nosso sangue. Ao consumir água, alimentação, tomar banho no rio. Uma reparação seria para despoluir o rio Murucupi, que hoje virou esgoto da empresa Hydro Alunorte. Até as fezes que vem do banheiro químico da Hydro, caem nos bueiros de Vila dos Cabanos. Os equipamentos, como carro e máquinas, são lavados aqui fora nos lava jatos da cidade, onde essa bauxita [minério usado na produção de alumínio] vai para os bueiros e cai diretamente no rio Murucupi” - Maria do Socorro Costa e Silva, liderança comunitária e presidente presidente da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama)

“Se tivesse mandado despoluir o rio, despoluir o solo, despoluir o ar e parar com essas emissões que poluem o ar, entendeu? Mas não, a Justiça só condenou ela [Hydro] a pagar 100 milhões, e a reparação ao meio ambiente? E a recuperação do meio ambiente e a recuperação do rio, o tratamento do rio? Isso sim é uma reparação. Esses 100 milhões ainda foi colocado para entidades governamentais e não governamentais, sabe lá quando vai ser feito alguma coisa” - Mário Santos, líder da Comunidade Quilombola Gibrié de São Lourenço, em Barcarena

“Não tem como retornar ao que era [antes da poluição], mas pelo menos ameniza um pouco o sofrimento da população impactada com a condenação da empresa” - Paulo Feitosa, presidente do Instituto dos Ribeirinhos do Pará (IRPA)

“Quem hoje vai para o porto Vila do Conde para ver como é, por exemplo, o pó de alumínio pode ser visto e atesta como a poluição é permanente, quem passa a noite perto do distrito industrial pode perceber a poluição do ar, que aparece nas noites de forma mais fortes e frequente” - Marcel Hazeu, pesquisador da UFPA e membro da ONG Só Direitos

https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2024/07/11/justica-federal-condena-refinadora-hydro-alunorte-a-pagar-r-100-milhoes-por-desastre-ambiental-no-para.ghtml

https://amazoniareal.com.br/moradores-acusam-hydro-de-despejo-em-barcarena/

https://amazoniareal.com.br/multinacional-noruguesa/

https://pje1g.trf1.jus.br/consultapublica/ConsultaPublica/listView.seam

https://www.trf1.jus.br/sjpa/noticias/empresa-norueguesa-e-condenada-pela-justica-federal-a-pagar-r-100-milhoes-por-desastre-ambiental

https://amazoniareal.com.br/vazamento-de-rejeitos-da-hydro-alunorte-causa-danos-socioambientais-em-barcarena-no-para/

https://www.hydro.com/br/global/imprensa/na-agenda/a-situacao-alunorte/
Local de Cobertura
Nicoly
Nicoly Ambrosio

É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente residente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+. Já expôs trabalhos fotográficos no 10° Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e Galeria do Largo - Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.

1 Comentário

  1. Gaspar Gonçalves disse:

    Me perdoe essa liderança quirombola e ribeirinhas . Em 1995 quando cheguei em barcarena esse rio murucupi já era só esgoto .

Deixe o seu comentário!

Prezados leitores e leitoras da Amazônia Real, o espaço de comentário do site é para sugestões, elogios, observações e críticas. É um espaço democrático e de livre acesso. No entanto, a Amazônia Real se reserva o direito de não aprovar comentários de conteúdo preconceituoso, racista, sexista, homofóbico, com discurso de ódio e nem com links de outros sites. Muito obrigada.