Os Magníficos Korubo: um estúdio de Sebastião Salgado na selva amazônica

Os Korubo são homens e mulheres que vivem no presente, com as consequências de nosso tempo, o mesmo tempo em que todos os demais seres vivos do planeta Terra (Foto de Ricardo Beliel) O Vale do Javari, no Amazonas, sempre […]

Frente de Contato dos Índios Isolados do Rio Javari Em 1996 o sertanista Sydney Possuelo montou e chefiou a expedição para fazer contato com os índios isolados korubo na área entre os rios Ituí e Itaquaí no Amazonas. Dez anos antes esses índios haviam exterminado todos os membros de uma outra expedição para contatá-los. Com a ajuda de índios matis, mayoruna, kulina, marubo e kanamary a frente de contato fez diversas incursões na floresta para estabelecer um primeiro contato pacífico. Montamos um acampamento próximo à aldeia e o contato acabou acontecendo acidentalmente num clima tenso e perigoso. Dias depois um dos membros da frente, Sobral, foi morto a golpes de borduna pelos korubo.( Fotos de Ricardo Beliel cedida à Amazônia Real)
Amazonia Real Por Barbara Arisi Publicado em: 18/01/2018 às 16:34
Citações
"As fotos são fortes, como os Korubo e como outras imagens anteriores de Salgado. Porém, há um essencialismo e uma romantização de um olhar não-indígena sobre o outro que pertence a uma genealogia imagética totalmente colonial", diz Barbara Arisi.
Barbara
Barbara Arisi

É jornalista formada em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e antropóloga com mestrado e doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Como repórter trabalhou no jornal Zero Hora. Fez estágio doutoral como antropóloga pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Nasceu em Porto Alegre (RS) e morou em Foz do Iguaçu (PR), Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Manaus (AM), em Londres, Amsterdam, Maastricht, Hoorn e vive agora em Groningen (Holanda). Foi professora concursada pela Universidade Federal da Integração-Latino Americana, em Foz do Iguaçu (PR) e pesquisadora visitante na Vrije Universiteit Amsterdam, onde estudou manejo de resíduos sólidos (plásticos e orgânicos). No Brasil, trabalhou na campanha do Greenpeace Amazônia pela criação da Reserva Extrativista de Porto de Moz e da Verde para Sempre, no Pará, em 2003. Há 21 anos faz pesquisas na Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas; em 2006 e 2009 com financiamento da Capes e do CNPq. Atualmente, escreve um livro sobre os povos Matis e Korubo e colabora para o site de jornalismo independente Amazônia Real.

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2 Comentários

  1. Lucy disse:

    A meu ver, a visão da arte pela autora desse artigo é completamente submetida à politica e à censura da estética.

  2. Denis disse:

    Nao quero fazer de advogado de diabo, mas há algum contexto do ser humano no sec. XXI que não deve ser olhada por vários ângulos e deve se ter cuidado muita cautela na interpretação do por trás? Acho que há tempos as coisas não são fácies e simplesmente preto no branco como nas fotos de Sebastião Salgado. Se formos levar todo o contexto de cada situação simplesmente não sairemos do lugar.

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