Indígenas criam formas de adaptação à seca na Amazônia
Citações
“Não tem como se deslocar para os lagos devido à seca. A gente apara, faz as bicas em casa e armazena no galão de água” - Liliane Ribeiro, indígena Miranha da aldeia Tapiira
“O igarapé está muito seco mesmo, está pior que no ano passado. Quando chove, armazenamos a água” - Andressandra Reis, indígena Kokama da aldeia Bom Jesus
“Os antigos da aldeia estão falando que ano que vem vai ser pior que esse ano. Percebemos que nunca tinha ficado tão seco o nosso grande rio, como ficou agora. Os barcos não conseguiram chegar às cidades e a alimentação ficou mais cara. A população está sofrendo. Até os peixes desapareceram” - Charles Mayuruna, liderança do povo Mayuruna na aldeia Marajaí
“A dificuldade é imensa, essa estiagem colocou muitas barreiras para que nós possamos fazer o nosso trabalho em todas as comunidades. Têm essa dificuldade para chegar até as outras comunidades” - Emilson Saraiva da Cruz, técnico de saúde indígena do Polo Base Marajaí
“Esses são rios onde foram identificadas fraquezas naturais para eventos extremos, como a seca. Por ser uma região extremamente afetada por queimadas e desmatamento, perda de cobertura vegetal e uma série de fatores, tudo isso junto acontecendo na margem direita do rio Amazonas gerou um quadro propício para uma seca extrema” - Naziano Filizola, geólogo e pesquisador da Universidade Federal do Amazonas
Links:
https://amazoniareal.com.br/os-isolados-da-seca/
https://ufam.edu.br/ultimas-noticias/3668-projeto-rios-on-line-do-departo-de-geociencias-sera-avaliado-pela-camara-de-extensao.html
https://terrasindigenas.org.br/pt-br/terras-indigenas/3757
https://www.sgb.gov.br/sace/boletins/Amazonas/20241021_18-20241021%20-%20180547.pdf
https://www.agenciaamazonas.am.gov.br/noticias/governo-do-amazonas-divulga-boletim-sobre-a-estiagem-no-estado-neste-domingo-4/
https://www.agenciaamazonas.am.gov.br/wp-content/uploads/2024/10/BOLETIM-ESTIAGEM-30.10-.pdf
Local de Cobertura


É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+ do Norte. Em seu trabalho fotográfico, utiliza suportes analógicos, digitais e experimentais para registrar cenas da Amazônia urbana e de manifestações artísticas de rua marginalizadas, como a pixação e o graffiti. Desde 2018, participa de exposições de arte independentes e coletivas em Manaus. Já expôs trabalhos fotográficos no 10º Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e na Galeria do Largo – Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). Recebeu o 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020), o Prêmio Sebrae de Jornalismo – AM na categoria Texto (2024) e o Prêmio Megafone de Ativismo na categoria Reportagem de Mídia Independente (2025). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.
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