E depois da seca?

Os moradores das margens dos rios da Amazônia, que formam a maior bacia hidrográfica do planeta, com 20 mil quilômetros de vias navegáveis, regulam suas vidas pelo ciclo das águas. Em seu principal curso, o do rio Amazonas, o maior […]

People walk from one bankside to the other, through the arid riverbank, to find lakes and be able to fish in the Porto Praia community of the Kokama Indigenous People. The river that supplies the community is almost arid, and the population is almost isolated. In the beginning of October, Greenpeace Brazil first field trip as part of the Wings of Emergency 2023 project in Tefé, Amazonas state, taking humanitarian aid to the people most impacted by the historic drought in the Amazon Rainforest and offering logistic support to organizations researching the impacts on local fauna. Comunidade Porto Praia, do povo indígena Kokama. O trecho do rio Tefé que passa em frente à comunidade está quase seco e os moradores a ponto de ficarem isolados. Para conseguir peixe é necessário caminhar de uma margem à outra, pelo leito seco do rio, até chegar aos lagos. Entre os dias 4 e 8 de outubro, o Greenpeace Brasil realizou a primeira missão da iniciativa Asas da Emergência 2023 em Tefé, Amazonas, levando ajuda humanitária às populações mais afetadas pela estiagem histórica enfrentada na Amazônia e oferecendo apoio logístico às organizações que vêm atuando na pesquisa sobre os impactos à fauna local.
Amazonia Real Por Lúcio Flávio Pinto Publicado em: 16/10/2023 às 09:20
Lúcio Flávio
Lúcio Flávio Pinto

Lúcio Flávio Pinto é jornalista desde 1966. Sociólogo formado pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo, em 1973. Editor do Jornal Pessoal, publicação alternativa que circula em Belém (PA) desde 1987. Autor de mais de 20 livros sobre a Amazônia, entre eles, Guerra Amazônica, Jornalismo na linha de tiro e Contra o Poder. Por seu trabalho em defesa da verdade e contra as injustiças sociais, recebeu em Roma, em 1997, o prêmio Colombe d’oro per La Pace. Em 2005 recebeu o prêmio anual do Comittee for Jornalists Protection (CPJ), em Nova York, pela defesa da Amazônia e dos direitos humanos. Lúcio Flávio é o único jornalista brasileiro eleito entre os 100 heróis da liberdade de imprensa, pela organização internacional Repórteres Sem Fronteiras em 2014. Acesse o novo site do jornalista aqui www.lucioflaviopinto.com.

DOE PARA A AMAZÔNIA REAL

Sua contribuição fortalecerá o jornalismo investigativo, feito com independência e liberdade editorial, que visibiliza as populações silenciadas.

4 Comentários

  1. Luiz Carlos de Freitas disse:

    Porque não aproveitar este período para fincar estacas de sinalização ao longo de toda a margem seca? Acho que seria muito útil para o futuro até para sinalização de navegação. Se temos limão ” façamos limonada”.

  2. Ana disse:

    Esse assunto deveria ter mais reconhecimento, é uma catástrofe ambiental o que está acontecendo na Amazônia. Essa seca é a pior da história, e a previsão é que as próximas sejam ainda mais danosas para todos. Políticas ambientais têm que ser feitas agora, os políticos têm que se movimentar, temos pouco tempo para mitigar esses efeitos da mudança climática, e isso deve ser mais falado por todos, de todo o mundo.

  3. Vitor disse:

    Parabéns ao autor do texto, extremamente sensato e perfeito. Quiçá o brasileiro pudesse entender a real importância da Amazônia…

  4. Hugo Penteado disse:

    Muito triste e assustador. Manaus debaixo de fumaça de queimadas porque os fiscais ficaram sem as hidrovias. As pessoas realmente acham que vamos sobreviver sem a Amazônia. Não vamos. Sem a Amazônia todos estaremos mortos.

Deixe o seu comentário!

Prezados leitores e leitoras da Amazônia Real, o espaço de comentário do site é para sugestões, elogios, observações e críticas. É um espaço democrático e de livre acesso. No entanto, a Amazônia Real se reserva o direito de não aprovar comentários de conteúdo preconceituoso, racista, sexista, homofóbico, com discurso de ódio e nem com links de outros sites. Muito obrigada.