“Era uma vida tranquila, não havia destruição do meio ambiente, mas de 2011 para cá, começamos a sofrer todo tipo de invasão. Belo Monte veio só para destruir nossa região e os impactos ficaram. Nós somos moradores de uma ilha, então, o impacto é muito maior do que para os demais que têm território em terra. Nossa sobrevivência é através do rio, da pesca e de tudo que vem dele” - Taywade Juruna
“Essas hidrelétricas foram construídas sem a nossa consulta. Meu coração está partido, porque esses dias a gente soube que tem uma rachadura em uma usina. Nossos parentes presenciando isso diariamente, o rio está enchendo rápido. E nossos parentes não estão conseguindo dormir mais. Isso é uma ameaça muito grande. A gente não quer mais hidrelétricas na nossa região, no nosso rio. Porque isso não dá nada de benefício” - Silvaleide Munduruku
“O propósito com esse evento é tentar começar a montar o embrião de uma rede entre movimentos sociais e universidades públicas da PanAmazônia, capaz de mobilizar essas forças em conjunturas adversas como essa que nós estamos começando a viver. A ausência dos Estados Unidos numa reunião como a COP30 traz uma série de problemas. O não cumprimento do Acordo de Paris traz uma série de problemas. Então, nós temos que estar mobilizados para garantir os direitos dos povos tradicionais” - Alfredo Wagner
“Essas comunidades enfrentam não apenas a expropriação material de suas terras, mas também a destruição simbólica de espaços sagrados e de referência para sua ancestralidade. Nosso papel, enquanto pesquisadores do Projeto Nova Cartografia Social, é estar ao lado delas na construção de instrumentos que lhes deem protagonismo e voz” - Jurandir Novaes
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