Unicef denuncia ameaças à infância dos Yanomami

Estudo revela como o garimpo ilegal ameaça as crianças e os jovens do maior povo indígena do Brasil. Elas crescem expostas a doenças, destruição do meio ambiente e a um modelo de sociedade baseado no consumo e na ruptura dos vínculos comunitários.

Yanomami alimenta o filho em rede no acampamento montado às margens da BR-174 , nas proximidades de Boa Vista (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/2023).
Amazonia Real Por Nicoly Ambrosio Publicado em: 17/10/2025 às 14:31
Citações


  1. Citações e referências:




 

“Nós não vivemos mais onde nossos antepassados viviam, porém foi aqui nessa terra que essas mulheres começaram a sentir dores. Por causa disso alguns bebês saem antes da hora, algumas perdem sangue pela vagina. Agora estamos dentro da terra dos brancos e por isso nós estamos mal” - C.Yanoami


“Entre os Yanomami têm as lideranças, os mais velhos e homens adultos que eles chamam de pata thëpë. São pessoas de autoridade na comunidade e que tem uma voz que é ouvida pelas outras pessoas, mas quando um jovem que acaba se envolvendo no garimpo e tem acesso a bens materiais, ele acaba também sendo ouvido por outros jovens. Isso leva a essa desorganização também geracional” - Ana Maria Machado, antropóloga


“A desintrusão do território é um passo essencial para a recuperação dos modos de vida Yanomami e para a melhora dos indicadores de saúde e nutrição das crianças e adolescentes. O desafio central é assegurar que as políticas e ações sejam sustentáveis e construídas junto com a população Yanomami. Somente com soluções de longo prazo e culturalmente adequadas será possível proteger as crianças e jovens”  - Tâmara Simão, chefe de escritório do Unicef em Roraima


“Proteger as crianças Yanomami exige respeitar suas especificidades, diversidades e cultura, fortalecer suas organizações indígenas, proteger seu território e garantir que suas vozes sejam ouvidas na formulação de políticas, entendendo seus anseios e desejos em um mundo em transformação. É um chamado à ação imediata para garantir o futuro de uma geração inteira” - Joaquin Gonzalez-Aleman, representante do Unicef no Brasil


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https://acervo.socioambiental.org/acervo/documentos/cicatrizes-na-floresta-evolucao-do-garimpo-ilegal-na-ti-yanomami-em-2020


 

https://cimi.org.br/wp-content/uploads/2022/05/Nota-Hay-sobre-Aracac%CC%A7a.pdf


 

https://apiboficial.org/2022/05/04/yanomami-sob-ataque-garimpo-ilegal-na-terra-indigena-yanomami-e-propostas-para-combate-lo/


 

https://hutukarayanomami.org/


 
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Nicoly Ambrosio

É jornalista formada pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e fotógrafa independente na cidade de Manaus. Como repórter, escreve sobre violações de direitos humanos, conflitos no campo, povos indígenas, populações quilombolas, racismo ambiental, cultura, arte e direitos das mulheres, dos negros e da população LGBTQIAPN+ do Norte. Em seu trabalho fotográfico, utiliza suportes analógicos, digitais e experimentais para registrar cenas da Amazônia urbana e de manifestações artísticas de rua marginalizadas, como a pixação e o graffiti. Desde 2018, participa de exposições de arte independentes e coletivas em Manaus. Já expôs trabalhos fotográficos no 10º Festival de Fotografia de Tiradentes (Tiradentes/MG, 2020) e na Galeria do Largo – Espaço Mediações (Manaus/AM, 2020). Recebeu o 1º Prêmio Neusa Maria de Jornalismo (2020), o Prêmio Sebrae de Jornalismo – AM na categoria Texto (2024) e o Prêmio Megafone de Ativismo na categoria Reportagem de Mídia Independente (2025). De 2020 a 2022, participou do projeto de Treinamento no Jornalismo Independente e Investigativo da Amazônia Real.

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