“Mesmo se o controle ambiental previsto for 100% bem sucedido, o resultado total do acordo será fortemente negativo”, diz Philip Fearnside, cientista, pesquisador titular do Inpa.
“No caso da BR-319 não é um acordo, é um procedimento. Esses procedimentos existem no mundo todo. Todos os grandes empreendimentos no mundo todo fazem Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). (...) Os estudos irão ser feitos e, obviamente, os estudos não são a licença, mas é o que já dizíamos há quase 20 anos que precisavam ser feitos", disse Marina Silva.
“Vemos que [o plano] encara a questão da BR-319 de forma ampla e respeitando sua complexidade, sem resumir seu foco às obras de engenharia em si. Porém, nos mantemos céticos quanto à efetividade destas propostas enquanto houver no território demandas tão básicas quanto a falta de profissionais nos órgãos estatais responsáveis pela governança do território. Por essa razão, acompanhamos o anúncio do Plano com preocupação, já que ele foi feito sem ações imediatas no território, pois sabemos que todo e qualquer anúncio feito sobre a estrada gera consequências sociais, ambientais e econômicas”, disse Marcelo da Silveira Rodrigues, do Observatório da BR-319.
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